A discussão sobre se a fotografia é arte ou não é longa e envolve uma diversidade de opiniões.
De acordo com Barthes,muitos não a consideram arte, por ser facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo artista e o modo como o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos do seu repertório.
Fazer fotografia não é apenas pressionar um botão. Tem de haver sensibilidade para registar um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da realidade estética.
Num mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos ícones envolvidos na imagem. Cabe ao observador interpretar a imagem, acrescentar a ela o seu repertório e o seu sentimento.
A Hero´s Death aí está! A tão aguardada sequela de Dogrel (2019). Data prevista: 31 de julho de 2020. Para já, agradou-me e muito, este - I Don´t Belong.
Uma curiosidade sobre a origem do nome desta banda post- punk de Dublin.
O nome advém de uma das personagens do filme O Padrinho, Johnny Fontane, um dos afilhados de Vito Corleone. D. C. (Dublin City), em virtude de já existir uma banda em Los Angeles com o mesmo nome.
Deixo-vos, então, com a faixa mais conseguida até agora, acho eu, mais madura e consistente: I Don´t Belong, com a voz inconfundível de Grian Chatten.
I Don´t belong - Fontaines D.C. 4'44"
Denai Moore - Modern Dread (2020)
Denai Moore apresenta-nos esta semana o seu mais recente trabalho na área do Soul e R&B, Modern Dread. A artista anglo-britânica foi influenciada pelos conhecidos músicos Lauryn Hill e Bon Iver. Em 2014 foi vocalista convidada da banda SBTRK no álbum Wonder Where We Land.
Motherless Child4'02"
Osta Love - About Time (2020)
Trata-se de uma banda Alemã de Berlim. Tobias Geberth, Leon Ackermann, Oliver Nickel e Marcel Sollorz. Aparece agora o seu 3º longa duração depois de The Isles of Dogs (2015); Sunset Point (2017) e About Time (2020). Este trabalho contém 8 faixas de rock progressivo / alternativo.
A ouvir com atenção!
Nights of Aphelion (live from Home) 5'26""
bdrmm - Bedroom (2020)
Gravado para a Sonic Cathedral, as suas áreas musicais vagueiam entre o rock indie/ alternativo, o Dream Pop e o Shoegaze.
Este quinteto Britânico da cidade de Hull é liderado por Ryan Smith. Algumas semelhanças com os Ride e os The Cure.
Uma agradável surpresa!!
Happy 3'55"
A. A. Williams - Forever Blue (2020)
Aparece em cena pela 1ª vez em abril de 2019 com o EP "A. A. Williams" e mais tarde colabora com a banda Japonesa MONO em Exit in Darkness.
A sua música pode ser considerada post-rock e post-classical, pois, o seu mais recente álbum, Forever Blue, é um misto de melodias suaves e atmosferas assombradas, variando entre os sons calmos e momentos mais explosivos dentro da mesma canção.
A. A. Williams toca guitarra, violoncelo e piano com aquela voz especial e melódica que a carateriza e a torna única no atual panorama musical. Produziu, durante o período de confinamento, Songs From Isolation, covers de várias bandas conhecidas.
"Aquele que não evoca o passado está condenado a repeti-lo."
George Santayana -1917
George Santayana, filosofo norte-americano do século XX afirmou em 1917 que aquele que não evoca o passado está condenado a repeti-lo. Cem anos depois estas palavras sábias fazem todo o sentido.
A nossa história define quem somos. E temos de partir deste pressuposto se queremos olhar a história de frente. Não escolhemos a nossa pátria ou a nossa família, elas é que nos escolheram. Por isso, não se deve varrê-la para debaixo do tapete por pior que ela tenha sido.
Nós, Portugueses, como qualquer outro povo europeu, tivemos reis despotas, o esclavagismo, a Inquisição, o Salazarismo, a Espanha seguiu caminhos semelhantes, a Alemanha com o Nazismo envergonhou a humanidade com o Holocausto. Quem não tiver culpas no cartório, que atire a primeira pedra.
O ser humano, ao longo da história, qualquer que seja ou tenha sido a sua raça ou credo, teve e continua a ter comportamentos e atitudes reprováveis.
Um cidadão sul-africano de raça negra, quando entrevistado para uma estação de televisão, na sequência de atos de vandalismo contra figuras ligadas ao apartheid, disse, "não é vandalizando ou destruíndo estátuas de figuras de estado ligadas a um passado racista que vamos sarar as nossas feridas. Esses símbolos da nossa história devem de lá estar para nos relembrar que aqueles tempos não se podem repetir nunca mais".
A solução passa, com certeza, por várias acções concertadas entre todas as partes envolvidas. Jamais recusar o debate e, iniciar diálogos honestos, respeitadores da diferença, para que, de uma vez por todas, se possa encarar o passado como forma de sarar feridas, apaziguar rancores, preconceitos e atitudes racistas, e, finalmente, olhar o futuro com a certeza de que nunca mais seja permitido repetir as politicas do passado. Há que ter a maturidade para reconhecer e assumir os erros, ouvindo os outros, pois, só assim, conseguiremos melhorar o futuro colectivo da humanidade.
Se destruirmos o nosso património estaremos a destruir a memória de um povo. Que identidade queremos ou teremos? O que é que transmitiremos aos nossos filhos e eles aos seus? Assumir a nossa História, é assumi-la por inteiro, os feitos gloriosos e os atos vergonhosos. Se negarmos tudo isso, afinal o que é que nos resta? E a História é como a nossa família, todas têm os seus podres e não é por isso que as vamos renegar.
Esta foi uma semana muito profícua em termos musicais. Aqui vão as minhas sugestões pessoais.
Drab City - Good songs for bad people (2020)
Música difícil de assimilar mas quando interiorizada, uma pérola. Com a chancela da Bella Union.
Let it come down - Songs we sang in our dreams (2020)
É um projecto colaborativo entre dois homens da música, o cantor Xan Tyler e o produtor Kramer.
JJ Wilde-Ruthless (2020)
Em boa hora abandonou o emprego seguro e enveredou pela música de cunho Blues e Rock 'n' roll.
Harmony Byrne -Heavy Doors (2020)
Artista australiana de rock. Uma lufada de ar fresco.
Dua Saleh - Rosetta (2020)
Natural do Sudão, tornou-se Americana. A sua música resvala entre o Rap e o R&B.
Coriky - Coriky (2020)
Banda punk norte-americana de guitarras roucas e pouco conformadas com falinhas mansas.
Ian Mackay, Joe Lally e Amy Farina, o trio maravilha!
Black Orchids Empire -Semaphore (2020)
Os Black Orchid Empire criam música rock memorável, que combina momentos ruidosamente selvagens, com outros de intensa beleza melódica.
Jockstrap -Wicked city (2020)
Georgia Ellery e Taylor Skye são os músicos principais desta banda. Um som singular onde é possível ouvir uma fusão de muitas influências pouco comuns.
Gia Margaret - Mia Gargaret (2020)
Gia Margaret, de Chicago - Illinois, descreve o tipo de música que toca como "sleep rock". Esta semana apresentou aos seus fãs o seu novo trabalho.
Naeem - Startisha (2020)
Este seu último trabalho está recheado de canções que vão do Rap ao R&B. O cantor contou com a participação de alguns famosos como Bon Iver.
GoGo Penguin - GoGo Penguin (2020)
Naturais de Manchester, este é um projecto alternativo na área do Jazz.
Jehnny Beth - To love is to live (2020)
Camille Berthomier, conhecida no meio musical como Jehnny Beth, cantora, compositora e vocalista das Savages. Agora a solo. Mais vale só ...
To Love Is To Live era suposto sair a 8 de maio, mas tendo em conta os constrangimentos causados pelo Covid-19 foi adiado para a passada sexta-feira, 12 de junho. Este trabalho foi produzido por Flood, Atticus Ross e por Johnny Hostile. O disco conta ainda com a presença de Romy Madley Croft dos XX, Joe Talabot e o actor Cillian Murphy.
Forest Bees - Forest Bees (2020)
"A noise electronic indie act with intensely feminist overtones."
A minha paixão pela fotografia não tem limites nem fronteiras. Tenho uma predileção pelos momentos e pelos detalhes. Captá-los é como uma caça ao tesouro.
Chelsea Wolfe e Jess Gowrie (sua baterista) juntaram-se, e as duas fizeram uma mistura explosiva - Mrs Piss, assim se chama o novo projeto destas duas "meninas" que prometem rebentar "a bomba" - Self-surgery a 29 de maio.
As duas já tinham tido uma banda em conjunto anteriormente - Red Host.
Mrs Piss é para elas uma nova oportunidade de aperfeiçoar a química musical que já sentiam há muito. De ouvido bem à escuta vou estar a 29!
Entretanto fiquem com um cheirinho a "pólvora".
knelt 4'00"
Os irlandeses Fontaines D.C. parece que finalmente "cairam no meu goto". Trazem uma versão de um tema dos Jesus and The Mary Chain - Darklands, o que vem provar que também sabem fazer música bem melodiosa, e não apenas aqueles "raw sounds" que nos habituaram com o seu Dogrel de 2019.
Porridge Radio - Every Bad (março 2020) O destaque vai para esta banda de Brigton, no sul de Inglaterra, ou melhor, um quarteto liderado pela carismática Dana Mangolin.As suas canções esbarram no rótulo indie rock. Um grupo no seu estado mais imaculado, que muito provavelmente verá o seu Every Bad, candidato a álbum do ano de 2020.
Estreia mais retumbante não poderiam desejar. I'll be watching you, closely!
Sweet - 3' 44"
Lilac 5'28"
Pop Song 5'03"
Disq - Collector ( março 2020)
Collector cheira à nostalgia dos anos 90. A maioria dos elementos deste grupo Disq acabou de fazer vinte anitos. Vêm de lá do Wisconsin apostados em conquistar o mundo com as suas canções indie rock cheias de ingenuidade.
Uma fantástica estreia para estes miúdos que ainda têm muito a dar à música.
‘So preconcerted with itself — / So distant — to alarms’ … the aurora borealis seen over the Santanoni Preserve in Newcomb, New York. Photograph: Anadolu Agency via Getty Images
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Of Bronze — and Blaze — The North — tonight — So adequate — it forms — So preconcerted with itself — So distant — to alarms — An Unconcern so sovreign To Universe, or me — Infects my simple spirit With Taints of Majesty — Till I take vaster attitudes — And strut opon my stem — Disdaining Men, and Oxygen, For Arrogance of them —
My Splendors, are Menagerie — But their Competeless Show Will entertain the Centuries When I, am long ago, An Island in dishonored Grass — Whom none but Daisies — know.
“Charged particles from the sun entering Earth’s atmosphere create the vibrant colours,” says this guide to the best views of the Northern Lights in the US. Look at the view from the Aroostook National Wildlife Refuge to get an idea of the impressive aurora borealis Emily Dickinson might have been able to see from her home in Amherst, Massachusetts.
A.A. Williams songwriter norte-americana na linha de Chelsea Wolfe e Emma Ruth Rundle é um nome a reter, advinho mesmo, grandes façanhas para esta senhora, quiça um dos álbuns de 2020.
Em retiro ou quarentena, como podeis chamar-lhe, Williams não tem estado parada e este fabuloso "Be quiet and drive" 5'16" é um cover dos Deftones de quem ela é uma fã incondicional.
Forever Blue o tão aguardado álbum de estreia da cantora tem data de publicação para 3 de julho de 2020.
Curiosíssimo estou!!!
All I asked for (was to end it all) - Forever Blue 03-07-2020
Muitas vezes andamos tão preocupados com as nossas vidas e hábitos diários que não temos tempo, nem forma de olhar para cima, para o céu. E ele pode nos deslumbrar com as suas cores, texturas e formas qualquer que seja a estação do ano. A água (gotas), o ar (vento) e a luz (sol), todos envolvidos e em comunhão de esforços, contribuem para autênticas "obras de arte naturais". Ao longo destes anos tenho olhado para os céus e me deleitado com estes momentos raros de beleza que a câmera do meu telemóvel captou.
Segundo um artigo publicado na edição de ontem do Jornal O Público, as aulas presenciais terão este formato a partir de 18 de maio. Aguarda-se as decisões da Secretaria Regional da Educação para a Madeira.
2 disciplinas da Formação Geral e 2 disciplinas da Formação Específica.
Disciplinas triénais que não terão aulas presenciais no 11º ano (Português, Matemática A, Desenho A e História A).
No 11º ano os alunos terão 2 disciplinas da Formação Geral e 2 da Formação Específica, qualquer que seja o seu curso.
No 12º ano os alunos apenas assistem às aulas das disciplinas que têm exame nacional.
As outras disciplinas, as não contempladas no pacote, terão apoio à distância E@D.
bdrmm, prestem atenção a este quinteto de Hull, Inglaterra, eles acabam de lançar "Is that what you want to hear? 5'17" como "aperitivo" para o seu já há algum tempo esperado primeiro disco "Bedroom" a sair a 3 de julho de 2020.
Muita atenção a estes meninos!
Jehnny Beth das Savages lança o seu primeiro projeto a solo "To Love is To Live" a 12 de junho. O álbum estava com saída prevista para ontem mas devido à pandemia Covid-19 foi adiado por mais um mês.
Aqui fica uma amostra do que será o novo disco da cantora Jehnny Beth a solo Heroine, um tema sobre auto-estima e emancipação.
Cá estaremos a 12 de junho para mais "To Love is To Live".
Moses Sumney "Part 2 - Grae"
Diz-nos que "são canções de quem gosta de estar em casa para quem está fechado em casa. É Grae o álbum, que na verdade são dois, de Moses Sumney. Uma das figuras marcantes da música atual. Aqui com este magnífico Cut me. Em fevereiro quando o cantor-compositor norte-americano lançou a primeira metade do álbum com duas partes, Grae, vaticinámos que este poderia ser o seu ano.
E acredito que sim, este será o seu ano não de afirmação, mas de confirmação. Na próxima semana ficaremos a saber mais.
Ensino e avaliação - 08-05-2020 - Ivo Eduardo Correia
Logo pela manhã deparei-me na caixa de correio com um email da Presidente da minha escola exortando-nos a partilhar um texto escrito por alguém, numa altura em que muitos de nós estamos com dúvidas sobre a avaliação final dos alunos no 3º período. Esta avaliação terá caracteristicas únicas, já que esta será , pela primeira vez, uma avaliação não-presencial. Nesse texto, o autor sugere que se valorize uma avaliação mais formadora.
Mas afinal o que é isso de avaliação formadora?
A avaliação é um dos aspetos mais complexos na vida de um professor, atente-se ao quadro acima idealizado por mim. Avaliar, claro que não é simplesmente classificar, ordenar, hierarquizar, premiar ou sancionar. É muito mais complicado, e contempla vários fatores intrínsecos e extrínsecos à própria sala de aula, palco principal de todo o processo.
Os conhecimentos que o aluno adquire ou já adquiriu são uma parte ínfima do todo que é a sua Pessoa. Por outro lado, as atitudes e os valores são parte integrante do seu Eu, também. E, é nessa "bagagem" que cada um deles "carrega" ao longo da sua vida que temos de focar a nossa atenção. É nossa missão promover e desenvolvê-la. Como educadores, somos, por vezes, "faróis" para muitos daqueles que procuram o seu "porto de abrigo",pois estão perdidos.
Os adolescentes enfrentam momentos de incerteza, iniquidade e turbulência com o aproximar dos exames finais tal como nós já os enfrentámos. Acredito, sinceramente, que se sentirão mais confiantes, com conhecimentos valiosos e ferramentas adequadas que lhes possamos proporcionar, para ultrapassarem os exames com sucesso.
Se analisarmos com atenção o quadro acima, facilmente concluimos que "nem tudo é claro como àgua". O sucesso dos alunos depende de vários fatores extrínsecos muito importantes como: o meio familiar, as condições físicas / emocionais e os meios tecnológicos, e de outros fatores intrínsecos à escola, tais como: a ideia que têm da escola, o relacionamento com os colegas, professores e funcionários, as expetativas pessoais e familiares, e o seu desempenho, comportamento e aproveitamento escolar. No entanto, contrariamente a tudo isto, os exames classificam, ordenam, hierarquizam e premeiam ou sancionam todos aqueles que os fazem. Cento e vinte, cento e cinquenta ou mesmo cento e oitenta minutos podem determinar o futuro de um aluno que esteve numa escola durante doze anos. Será a avaliação assim tão formadora?
Levanta a cortina dos teus olhos,
contempla a maravilha
do amanhecer.
A vida é uma criança,
esperta, bonita,inteligente
passa correndo,
é preciso ver.
Acredita,
enquanto há tempo:
não existe dor sem alento
nem tristeza tão longe da alegria.
Quando a luz de cada dia
acende a vida,
iluminando o amanhecer,
não vacila,
toma posse
da imensa alegria de viver.