sábado, 8 de março de 2025

Dia Internacional da Mulher 8 de março - A minha homenagem!


Happy International Women’s Day 🩷 A MULHER É UMA ILUSÃO

Parece frágil, mas tem a força de um tornado.
Parece sensível, mas resiste às tormentas como mais ninguém.
Parece instável, mas é nela que nasce o equilíbrio do mundo.
Parece complexa, mas é ela que simplifica a vida.
Parece ingénua, mas sabe de tudo muito antes de acontecer.
Parece insatisfeita, mas é a que menos exigências faz para ser feliz.
Parece vaidosa, mas é a primeira a pôr mãos à obra e a chegar-se à frente.
Parece dramática, mas é ela que é o abrigo no meio da tempestade.
Parece medrosa, mas tem a coragem de mil homens.
Parece o ser mais incrível já criado, mas... mas nada. É mesmo.

sexta-feira, 7 de março de 2025

O Mito da Caverna, Platão

 O MITO DA CAVERNA ,O QUE É?

Significados, conclusões e o mito nos dias atuais:
Os estudos filosóficos estão cheios de conceitos e metáforas intrigantes que fazem refletir sobre diversos assuntos.
Assim, um deles está relacionado ao Mito da Caverna, metáfora criada pelo filósofo grego Platão. Nesse sentido, a metáfora diz respeito a conduta de ignorância em que vivem os seres humanos e a luta por tentar sair de uma bolha mundana,e, assim, enxergar o mundo como ele realmente é.
Dessa forma, o que Platão defendia, eram os conceitos da razão acima das questões sentimentais.
Assim, o Mito da Caverna também é reconhecido como a Alegoria da Caverna ou Parábola da Caverna.
Além disso, a obra desenvolvida pelo filósofo encontra-se numa publicação intitulada “A República”.
Na obra, Platão discute temas que cercam o Estado ideal, como o conhecimento, a linguagem e a educação.
Todavia, o Mito da Caverna ainda hoje é um dos textos que geram mais debates filosóficos,isso porque, o texto propõe uma análise entre o senso comum e a definição do senso crítico.
Nesse sentido, Platão acreditava que o mundo inteligível só poderia ser alcançado com a ausência de sentimentos, colocando em prática a razão.
A história resume-se a um grupo de pessoas que estava preso numa caverna escura.
Além disso, eram pessoas presas a correntes e sem contato com a luz e mundo lá fora.
Dessa forma, o que existia era apenas uma parede com a qual fixavam os olhares.
Prisioneiros presos e sentados no chão vendo as imagens sendo projetadas na paredes como se fosse a realidade.
Nesse sentido, dentro da caverna existia também uma fogueira na qual algumas pessoas seguram representações de objetos que eram refletidos pela luz do fogo.
Assim, os presos entendiam que as representações das sombras dos objetivos refletidos pelo fogo seria a realidade daqueles objetos.
Entretanto, um dos prisioneiros conseguiu se libertar das correntes e foi de encontro à entrada da caverna.
Assim, ao observar a luz, os objetos, as diversas cores sentiu medo e a primeira reação foi querer retornar para o interior da caverna. Porém, a vontade de descobrir mais sobre o mundo real fê-lo desbravar o novo.
Logo após, quis voltar para a caverna, mas dessa vez, para compartilhar com os companheiros o que havia descoberto do lado de fora. Porém, a ânsia pelas descobertas do mundo real não atraiu a todos.
Assim, com medo, os outros prisioneiros mataram o fugitivo para que outras pessoas não saíssem da caverna.
Em síntese, o Mito da Caverna é composto por diversos simbolismos.
Dessa forma, os prisioneiros dentro da metáfora desenvolvida por Platão significam os homens que aderem aos costumes mundanos da sociedade.
Ou seja, nós somos guiados pelas regras e conceitos já incorporados. Enquanto que a caverna representa o corpo e os sentidos.
Assim, de acordo com Platão, os nossos sentidos tendem a nos enganar, assim como acontecia na caverna com as representações dos objetos na luz.
O indivíduo que consegue se “libertar das correntes” e vivenciar o mundo exterior é aquele que vai além do pensamento comum.
Além disso, as sombras na parede e os ecos na caverna representam o que enxergamos como realidade quando, na verdade, não passam de representações do real e não a realidade em si.
Nesse sentido, a saída da caverna simboliza o anseio pelo conhecimento e por saber mais sobre o mundo. Ou seja, a desconstrução dos conceitos já estabelecidos.
E por último, a luz que cega num primeiro momento representa o conhecimento verdadeiro, a razão e a filosofia.
Nos dias atuais o Mito da Caverna enquadra-se cada vez mais quando o assunto são as redes sociais e a ignorância cultivada por elas; Com a tecnologia o ato de pensar tornou-se cada vez mais escasso.
Ou seja, hoje em dia a preguiça intelectual foi desenvolvida graças ao avanço das tecnologias;
As pessoas que questionam as leis, os modos de vida regentes e a forma como a política, a economia estão a evoluir são consideradas loucas, assim como o fugitivo da caverna.
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D. Quixote de La Mancha!

 Um dos trechos mais marcantes de “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes, é o célebre discurso de Quixote sobre a liberdade, no capítulo 58 da segunda parte:

"A liberdade, Sancho, é um dos dons mais preciosos que os céus deram aos homens; com ela não podem igualar-se os tesouros que encerram a terra e o mar: pela liberdade assim como pela honra, pode e deve aventurar-se a vida."
Essa passagem, em que Dom Quixote exalta a liberdade como um dos maiores dons celestiais, é uma das mais profundas de “Dom Quixote de la Mancha”.
Nela, o cavaleiro andante expressa uma visão elevada da liberdade e da honra, colocando-os acima de qualquer tesouro material.
O discurso transcende as aventuras do protagonista, revelando a profundidade moral e política da obra.
Ao valorizar a liberdade como essencial à dignidade humana, Cervantes oferece uma reflexão atemporal sobre a condição humana e os ideais que orientam a existência.
O discurso de Dom Quixote revela uma concepção idealista e universal da liberdade. Para ele, a liberdade é uma característica essencial da dignidade humana, elevada à esfera transcendental, sendo um direito inalienável, independente de condição material ou social.
Essa visão antecipa ideias discutidas por filósofos iluministas, como Rousseau e Locke, que também defenderam a liberdade como um direito natural.
A filosofia de Quixote, no entanto, está ligada à honra. Viver em liberdade é viver com honra, e sem honra, a vida perde seu valor.
A honra aqui não é apenas reputação exterior, mas integridade moral, que permite agir conforme os próprios princípios, sem imposições externas.
O idealismo de Quixote contrasta com a dura realidade que o cerca.
A obra de Cervantes se constrói sobre o conflito entre os altos ideais do cavaleiro e a frieza da sociedade.
Quixote luta para manter seus princípios em um mundo que ridiculariza e nega esses valores.
Para ele, a liberdade é um ideal pelo qual vale a pena sacrificar a vida, ainda que o sacrifício não seja compreendido pelos outros.
Esse embate entre o ideal e o real é central na obra. A "loucura" de Quixote representa uma forma de resistência contra a injustiça e a banalidade do mundo moderno.

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quarta-feira, 5 de março de 2025

O Papel do professor - ontem e hoje!

 


O papel do professor ao longo da história tem evoluído conforme as transformações sociais, políticas e culturais.

Na Antiguidade, como na Grécia e Roma, a educação era um privilégio das elites, com os mestres ensinando a aristocracia em um modelo de educação filosófica.
Durante a Idade Média, o clero desempenhou um papel central na educação, com escolas monásticas e catedrais formando o clero e a nobreza.
No Renascimento, houve um avanço no ensino humanista, com ênfase na educação geral.
A Revolução Industrial e o século XIX trouxeram a educação pública e obrigatória, com o professor se tornando um profissional mais acessível, voltado para a formação das massas.
No século XX, com o movimento de democratização da educação e a valorização das metodologias pedagógicas, o papel do professor se expandiu para além da transmissão de conteúdo, incluindo o desenvolvimento de habilidades críticas e sociais.
Hoje, a figura do professor é entendida como fundamental para o desenvolvimento individual e coletivo, com ênfase na formação contínua e no uso de novas tecnologias.

Ter ciúmes - Saudável ou não?



 
O ciúme é um pedido de retomada da relação amorosa, um teste dos seus limites.
Um pedido para que o outro reaja ao preenchimento da agalma, que faça diferença onde encontra simetria em excesso.
O ciúme talvez seja a mais interessante vicissitude do amor. O ciúme é um sentimento demasiadamente humano, trágico.
Quando amamos amamos a “nada”, a um “vazio” (agalma) e é neste vazio que o ciúme fabricará imagens, traços, signos para ocupá-lo e assim responder ao enigma (…) O ciúme, portanto, supõe algo onde não há nada, onde há falta de algo. ele é antes de tudo um pensador meticuloso.
Pequenos detalhes, um tom de voz, uma palavra e está armada a conjectura. Inicia-se o processo: certificações, vigilância, suspeitos. Flagrar o ato criminoso torna se uma obsessão. A confissão do traidor é esperada e temida, mas de toda forma obrigatória. Quanto mais ciúme mais método, mais rigor, mais engenhosa a reflexão.
Podemos avaliar a posição daquele que é tomado pelo ciúme a partir de duas vertentes.
De um lado o que Freud chamou de ciúme projetado, de outro o ciúme delirante.
No caso do ciúme projetado o desejo de trair ( tende-se) é transferido para o outro. Trata-se de conter nele o que o sujeito não reconhece em si, ou que reconhece e atualiza na forma de infidelidade e culpa (…).
Na sua modalidade moderna fala-se das duas metades da laranja. O amor à equivalência ou ao ajuste das necessidades subjetivas dos que nele se envolvem é aqui a raiz do ciúme.
O ciúme é a conseqüência necessária da hipótese de que há um objeto que nos faça Um.
Ciúme por asfixia, pela falta da falta. Quando dois se completam demais o desejo se vinga no ciúme. É talvez um ponto de liberdade para um novo movimento.
Tal interpretação tem o mérito, a nosso ver, de explicar o juízo do senso comum que diz que um pouco de ciúme é benéfico para todo relacionamento.
Benéfico, pois faz intervir, mesmo que apenas como uma possibilidade virtual ( fantasiosa) o terceiro e a falta. Ele acusa neste caso uma certa insatisfação que funciona como motor para novos engajamentos subjetivos.
Nada mais propício ao aparecimento do ciúme do que o clássico marido cuja vida se resume a satisfazer as demandas da esposa.
No filme “O Processo do Desejo” tal figura aparece exemplarmente descrita. Um juiz que dá tudo para a esposa e é exatamente por isso que ela o rejeita. Não falta nada para amar.
Talvez a ética do ciumento seja … também uma ética masoquista onde não se consegue interromper a realimentação do sofrimento. “Eu me mordo, eu me acabo, eu faço bobagem de ciúme”, diz a música. Que estranha satisfação é essa a do ciumento crônico? …
Amar é dar o que não se tem, dizia Lacan.
Ao ciumento a fórmula aparece ao contrário: possuir, reter, ter, não perder de modo algum o outro. Garantir que todo o seu desejo tenha um único endereço…
O segundo tipo de ciúme não está às voltas com o preenchimento do que falta ao outro mas com uma imagem fixa: a cena de traição… Não está em jogo a realidade, se bem que pareça, mas uma certeza que atravessa sua fala: houve, há e haverá traição.
Os argumentos neste caso só servem para atestar que o ciúme é justificado. O ciúme impulsiona ao ato violento. O pensamento se aproxima da lógica dos inquisidores medievais, como aponta o texto básico dos queimadores de bruxas: “Tortura-se o acusado que vacilar nas respostas, afirmando ora uma coisa ora outra, sempre negando a acusação.
Nestes casos, presume-se que esconde a verdade. Se negar uma vez, depois confessar sob tortura não será visto como vacilante e sim como herege penitente, sendo condenado.”
A hipótese evidentemente recorre à noção de inconsciente. Nos termos de Freud, inveja-se o fato, por exemplo, desta mulher ser possuída por outro homem, a recusa deste desejo homossexual promove o fascínio por este outro homem e o ódio pela mulher. Um ódio cuja aparência é de irracionalidade. O ciúme paranóico reclama, desta forma, de uma indiferença à sua demanda amorosa.
Indiferença pertinente uma vez que o endereço desta demanda não é aquele de quem se diz sentir ciúme.
Montaigne dizia que na ordem das relações humanas a realidade conta pouco. Nos apegamos a ficções. Preferimos a ilusão prazeirosa ao desgosto da pálida realidade.
Um julgamento sem fim onde o veredicto é o que menos importa. Alguns se apegam a dúvida interminável,