sábado, 28 de junho de 2025

A vida de um homem à beira do fim.

 Não havia luvas. Não havia câmaras. Não era uma disputa por cinturão, nem por aplausos — era por algo infinitamente maior: a vida de um homem à beira do fim.

Numa noite qualquer dos anos 80, um desconhecido subiu ao parapeito de um prédio próximo à casa de Muhammad Ali. Estava pronto para saltar. A polícia cercou o local. Tentativas falhas. Gritavam. Suplicavam. Mas o homem permanecia imóvel, à beira do abismo, com o silêncio como única resposta.
Até que Ali chegou.
O campeão não esperou ordens. Correu pelos andares como quem sobe ao ringue mais decisivo da vida. Sem hesitar, aproximou-se do homem, encarou-lhe a dor, olhou-lhe nos olhos como quem vê uma alma implorando por um último gesto de esperança.
Falou com ele. Baixinho. Com firmeza. Por mais de vinte minutos, foi o adversário da morte — não com socos, mas com empatia. Prometeu-lhe algo que não se compra, nem se finge: “Eu estarei lá para você.”
E esteve.
Segurou-o com cuidado. Amparou-o até o chão. E recusou que o levassem numa ambulância. Levou-o ele mesmo. Dirigiu. Esperou. Falou com os médicos. Garantiu que ele não fosse apenas mais um número em alguma ficha esquecida. Garantiu que não estivesse só.
Não saiu nos jornais. Não houve flashes. Nem cinturões. Mas naquela noite, Muhammad Ali foi o que poucos homens conseguem ser: um gigante fora do ringue.
Porque a verdadeira grandeza não se mede por vitórias, mas por quantas vezes usamos nossa força para levantar quem não tem forças para continuar.
E como diz um antigo ensinamento:
“Quem salva uma só vida, salvou o mundo inteiro.”
Naquela noite, Ali salvou o mundo com a única arma que jamais envelhece: a compaixão.
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The Joshua Tree - U2 (1987)

 Released in 1987, The Joshua Tree was a defining moment in U2's career, marking a shift towards a more expansive, American-influenced sound. The album, which included tracks like “Where the Streets Have No Name,” “I Still Haven’t Found What I’m Looking For,” and “With or Without You,” became U2’s most commercially successful record and won multiple Grammy Awards, including Album of the Year. Bono’s lyrics on The Joshua Tree were more introspective and spiritual than ever, blending themes of faith, hope, and despair with political overtones.

The Joshua Tree reflected Bono’s growing interest in the political landscape of the world, particularly the United States and its global influence. The album’s iconic, sweeping sound was influenced by American roots rock and country, but it also retained the band’s unique, atmospheric style. Bono’s powerful voice, combined with U2’s musical evolution, helped create a sound that was both grand and intimate, making The Joshua Tree a global cultural phenomenon.
The success of The Joshua Tree transformed U2 from a popular rock band into global superstars. The album’s themes of searching for meaning, spirituality, and personal redemption resonated deeply with audiences, and its critical success cemented U2’s place in the pantheon of rock legends. Bono’s role in shaping the album’s sound and message made him one of the most influential figures in modern rock, and The Joshua Tree remains one of U2’s most beloved and impactful albums.
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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Levada do Rei (PR18) - Ilha da Madeira

 Levada do Rei (PR18) - Ilha da Madeira

A levada leva-o a descobrir a exuberância da natureza da Ilha, até chegar a um local singular considerado um santuário natural.
O ponto de partida da levada situa-se na Estação de Tratamento de Águas nas Quebradas, em São Jorge.
Inicialmente, passará por uma zona florestal exótica, onde é possível observar as típicas paisagens agrícolas de São Jorge e de Santana.
No decorrer do caminho, poderá ainda contemplar os túneis formados pela vegetação diversa desta área.
A paisagem verdejante que embeleza a levada é possibilitada pela grande abundância de água que aqui se regista. Porém, o momento mais especial da caminhada fica guardado para a chegada ao Ribeiro Bonito, um santuário natural isolado e coberto pela vegetação densa característica da floresta Laurissilva.
No final, não deixe de visitar o Moinho de Água de São Jorge, o único da sua espécie ainda em funcionamento, alimentado com as águas da levada.
Esta levada tem a duração aproximada de 3 horas e 30 minutos (ida e volta), distância aproximada de 10,6 km (ida e volta), é de dificuldade média e localiza-se no concelho de Santana.
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O novo Redmi Pad 2 - crítica no Público de hoje!

 

Novo tablet para o povo (e Netflix)

O Redmi Pad 2 custa uma fracção do dos topos de gama, mas surpreende positivamente pela bateria de grande capacidade e pelo ecrã generoso

DR

Vamos ser honestos: quem nunca desejou um bom ecrã para ver séries na cama ou para manter os miúdos entretidos numa viagem longa? Mas, quando olhamos para os preços dos tablets mais cobiçados, o sonho desvanece-se rapidamente. É precisamente nesta frustração que a Redmi, a marca mais “pão-pão, queijo-queijo” da gigante Xiaomi, foi construindo o seu reino. O novo Redmi Pad 2 é a mais recente promessa: um tablet para as massas, com cheirinho a luxo, mas a preço de saldo.

Naturalmente, o preço obrigou a fazer concessões. Mas que não são evidentes. Até porque a qualidade dos materiais usados é convincente. Esqueça o plástico barato que se espera nesta gama de preços. O chassis é em alumínio, do tipo unibody (uma só peça), com um toque frio e um acabamento fosco que não se enche de dedadas. Não é, propriamente, leve, mas 516 gramas são aceitáveis num tablet com ecrã de 11 polegadas. A moldura em redor do ecrã, com cerca de 1cm, está longe de ser das mais finas, mas permite segurar o tablet sem dar toques acidentais na interface do ecrã. O que não será acidental são as semelhanças de design com o iPad mais acessível… que custa mais do dobro.

Mas um tablet não se compra para o sentir, compra-se para se usar. E aqui a experiência é um verdadeiro cinema de colo. O ecrã, de alta-definição, apresenta imagens nítidas e cheias de cor. Ver um filme ou uma série neste aparelho é um prazer, especialmente porque o som não foi esquecido. Com quatro altifalantes, o áudio envolve-nos de uma forma que reforça a experiência.

Junte a isto uma bateria generosa de 9000mAh, que parece não ter fim — aguenta várias horas de vídeo —, e temos o companheiro ideal para maratonas de fim-de-semana. Claro que não é perfeito. Se formos picuinhas, notamos que a luz do ecrã não é uniforme nas margens e que, se olharmos de lado, as cores perdem alguma da sua magia. Mas, para o comum dos mortais, que apenas quer relaxar no sofá, são detalhes que passam ao lado.

No que diz respeito à produtividade, o Redmi Pad 2 não se nega ao trabalho. É mais do que capaz para as tarefas do dia-a-dia: navegar na Internet, gerir emails, escrever textos ou participar em reuniões online. Neste aspecto, o suporte para caneta digital, um acessório opcional, é bem-vindo para quem gosta de tirar notas à mão ou de fazer desenhos.

Existem duas versões à escolha: uma com 4GB de memória RAM e 128GB de armazenamento (199,99 euros), e outra, a que testámos, com 8GB de RAM e 256GB de armazenamento interno (249,99 euros). Esta última permite alternar entre aplicações com mais rapidez e dá alguma margem para manter ficheiros e apps sem preocupações.

Contudo, é importante gerir as expectativas. Este não é um aparelho para substituir um computador portátil. Não espere editar vídeos rapidamente, por exemplo, ou jogar títulos graficamente “pesados”, porque o processador não tem capacidade para isso. Também não ficámos impressionados pela câmara frontal, para videochamadas. Podemos definir o Redmi Pad 2 como um tablet honesto.

O amor é difícil. Tudo o que é bom é difícil.

 

Aos bebés que nascem hoje

É difícil nascer. Sim, como se não bastasse a dificuldade de ser concebido. E a concorrência terrível entre espermatozóides, cada um a achar-se mais malandro do que o outro? Gosto de pensar nos bebés que hoje nascem em Portugal, que nada sabem sobre demografia e que não conhecem ninguém.

São portuguesinhas e portuguesinhos, porque o Estado aproveita para abarbatar quem nasce intrafronteiras. Aqui ao lado são espanholinhos. E aqui por baixo marroquininhos. Aposto que têm calor. Como se há-de dizer às pequenas criaturas que o Verão passa e que as coisas melhoram?

Até aos dois anos de idade, os bebezinhos não podem negar o progresso: não há mês que não seja melhor — mais sensual, mais gastronómico, mais inteligente — do que o anterior. Aos bebés perdoa-se sempre quando dizem “Desculpa, eu era tão estúpido!”.

Nascer é solitário. Por muita gente que esteja à nossa volta, uma coisa é certa: ninguém se lembra de nascer.

Penso nos bebés que vão nascer hoje porque foi hoje que nasceu a Maria João.

Nunca hei-de saber onde é que eu estava quando ela nasceu — e muito menos quando ficaram destinados os nossos caminhos.

Mas sei que entre os bebezinhos que nascem hoje, estará a Maria João de alguém, e o Miguel para ela. Somos todos separados à nascença, para ter mais graça o jogo de nos encontrarmos.

Odeio o ditado “cada panela tem o seu testo”, porque as panelas funcionam muito bem sem testos, enquanto que os testos só dão péssimas frigideiras.

Somos mais incompletos do que isso. E também é difícil encontrar a nossa metade. E é difícil conservá-la.

O amor é difícil. Tudo o que é bom é difícil. Há uma estranha relação entre a alegria e a dificuldade. Nunca somos de ninguém. Ninguém é nosso. É preciso lutar por tudo.

Estamos sempre em bicos de pés, tentando negociar, tentando vencer as dificuldades, tentando descansar.

Parabéns, bebezinhos que nascem hoje. E parabéns, Maria João, minha alma gémea, mais amada e mais difícil que eu sei lá o quê.

Abelha Mel - mais surpresas!

 Abelha Mel

🐝
As abelhas têm dois estômagos, um para comer e o outro para armazenar néctar, que transformam em mel.
- Uma abelha vive menos de 40 dias, visita pelo menos 1000 flores e produz menos de uma colher de chá de mel durante a sua vida. Para nós é apenas uma colher cheia de mel, mas para a abelha é a história de toda uma vida.
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