domingo, 15 de junho de 2025

O "ouro branco"

 Na Idade Média, um simples punhado de sal podia valer tanto quanto uma moeda de prata. Não foi exagero: o sal era essencial para a vida... e escassa. Chamavam-lhe "ouro branco".

Não havia frigoríficos. Para conservar carne ou peixe durante o inverno ou em viagens longas, só havia uma opção: salgar. O sal não era apenas um tempero, era sobrevivência.
Mas obtê-lo não foi fácil. Extraía-se à mão em salinas ou produzia-se evaporando água do mar, um processo que exigia muita lenha, trabalho humano e tempo. E como não estava disponível em todo o lado, tinha que ser transportado durante dias — ou semanas — por caminhos inseguros. Tudo isso o tornava caro, muito caro.
Reis, senhores feudais e cidades cobravam impostos pelo seu comércio. Algumas fortunas foram construídas graças ao controle das rotas do sal. Tem até quem acredite que a palavra salário vem do latim sal, porque às vezes era pago com este mineral.
Hoje o sal é tão comum que mal notamos. Mas durante séculos, ter sal significava poder.
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