sábado, 1 de fevereiro de 2025

Imigração, what else!

 

Sobre imigração

Qualquer antropólogo sabe que no encontro de culturas diferentes se revela o etnocentrismo, a tendência para os grupos humanos se considerarem mais “normais” do que os outros. Isto pode resultar em situações de violência xenofóbica e racista, como em muitas situações coloniais; em situações pluriculturais e com igualdade de oportunidades; ou, ainda, em misturas criadoras de culturas novas. Tudo depende de pesos e poderes relativos. Mas uma coisa é certa: o encontro não tem destino marcado à partida.

Qualquer antropólogo sabe, também, que a diferença cultural não é um determinismo nem a única variável a considerar. Classe social, status, género e sexualidade, religião ou língua intersetam a identidade cultural mais genérica, criando não só diferenças e desigualdades no seio de cada grupo, como na sua interação com a sociedade envolvente.

Nas imigrações existe, à partida, uma desigualdade estrutural entre a maioria cultural que recebe e as minorias culturais que são recebidas. Racionalmente, isto obrigaria a pelo menos dois reconhecimentos: um, pela maioria, de que a minoria é necessária (por exemplo, por razões económicas; ou por obrigação moral de acolhimento dos necessitados; ou pelo enriquecimento cultural que proporciona); e outro, pela minoria, de que é necessária alguma adaptação aos modos de vida da sociedade hospedeira. Isto é o que aconteceu e acontece em muitos contextos em que a imigração foi ou é fundamental para a própria constituição da sociedade.

No caso europeu, as coisas têm sido mais complicadas. Neste “Velho Mundo”, os Estados-nação constituíram-se na base do exclusivismo cultural, uma espécie de etnocentrismo institucionalizado. E promovido. Para mais, as históricas relações de desigualdade entre o que agora se chama o Norte e o Sul globais criaram estruturas de preconceito que, no extremo, levaram a fenómenos como o antissemitismo, a islamofobia ou o racismo antinegro — e também propiciaram fundamentalismos reativos.

No caso específico português, há, ainda, especificidades próprias que afetam a imigração e a sua receção. São as especificidades de um país caracterizado por ser o mais rico dos pobres e o mais pobre dos ricos. Destaco duas: o facto de o incremento da imigração ser recente e acelerado; e o facto de essa imigração se dar para um país que tem fortes desigualdades sociais, económicas e de capital cultural entre a população nativa.

Acrescente-se um fator comum ao mundo nas últimas décadas: as políticas neoliberais destruíram o conceito de sociedade e de bem comum, esgarçando as relações sociais e a rede do estado de bem-estar. E deixaram emergir, como alternativa às demandas sociais e económicas, as demandas identitárias. Os bodes expiatórios passaram a ser os imigrantes, as minorias étnicas e raciais, bem como as mulheres ou a população LGBT. As reivindicações nativistas — etnocêntricas e xenofóbicas — são parceiras de cama das reivindicações misóginas e homofóbicas, defendendo a “nação” como análoga à “família”. E são o pior identitarismo, porque excludente e não inclusivo.

Não foi, ao contrário da banalidade que anda a ser repetida, “a esquerda” que gerou esta revolta ao insistir nas políticas de igualdade, foi a aliança entre neoliberalismo económico e neoconservadorismo moral. Temos assistido em Portugal ao crescimento de uma extrema-direita identitária que estimula sentimentos anti-imigração; à cedência do centro-direita a essa agenda; e a uma culpabilização tanto da esquerda quanto da academia (em particular as ciências sociais) como avessa a equacionar “a questão da imigração” ou com tendência a edulcorá-la.

Quanto à academia, acontece que o grosso do conhecimento sobre migrações e sobre o encontro de grupos humanos diferentes resulta do conhecimento produzido pelas ciências sociais, junto com os movimentos sociais dos grupos diretamente afetados pelo etnocentrismo, a xenofobia e o racismo. Conhecimento esse que é descartado através de caricaturas simplistas ou categorias de acusação como “woke”.

Quanto à esquerda — e pensando na recente manifestação —, não se trata de uma disputa contra a polícia (precisamos de boa polícia, bem paga e defensora dos direitos, liberdades e garantias). Não se trata de um “amor” pelos imigrantes (não se ama coletivos e abstrações, sejam imigrantes ou nativos...). E tampouco o antirracismo é simétrico do racismo, pois são realidades de natureza diferente: o último é uma pecha, o primeiro, uma vontade de a curar, apelando aos princípios constitucionais e dos direitos humanos.

É errado pensar que os portugueses “à esquerda” fecham os olhos à “questão da imigração”. Não só são eles que saem à rua para dizer que a xenofobia e o racismo não são aceitáveis, como eles sabem que políticas há que defender. Trata-se de assegurar igualdade de oportunidades a nativos e imigrantes. Trata-se de diminuir a desigualdade socioeconómica que afeta ambos. Trata-se de garantir direitos de cidadania a ambos. Trata-se, também, de prestar atenção à desvantagem estrutural em que as minorias migrantes naturalmente se encontram. Só estas políticas de fundo podem garantir uma integração mútua.

O encontro de culturas diferentes não tem destino marcado à partida. Mas os arautos do neoliberalismo económico e do neoconservadorismo moral exploram o potencial etnocêntrico, para que a revolta não seja contra a desigualdade mas contra a diferença. Na vanguarda, a extrema-direita; na retaguarda, aproveitando a oportunidade, cada vez mais o “arco da governação”.

Antropólogo; professor catedrático, Iscte — IUL



E agora, que futuro para o Brexit?

 

Cinco anos de “Brexit”, cinco anos de crises no Reino Unido

Promessas brexiteers para a economia e imigração no pós-saída da UE ainda não se cumpriram. Governo trabalhista defende reaproximação aos 27, mas sem alienar eleitorado eurocéptico britânico

BEN STANSALL/REUTERS

“A coisa mais importante que se deve dizer hoje é que isto não é um fim, mas um início. [O ‘Brexit’] é um momento de verdadeira renovação e de mudança nacional. É o despertar de uma nova era, em que deixamos de aceitar que as oportunidades das vossas vidas e das vossas famílias possam depender da zona do país onde cresceram.” Estas foram as ideias fortes que o então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deixou aos britânicos, através de uma mensagem divulgada pelo seu Governo pouco antes das 23h do dia 31 de Janeiro de 2020, a hora oficial da saída do país da União Europeia, que cumpriu o resultado do referendo de 2016 (52% a favor do “Brexit”).

Pode ser difícil argumentar contra a ideia de que a consumação do “Brexit” foi, de facto, o início de algo; está, no entanto, por confirmar se, aos dias de hoje, a “nova era” proclamada por Johnson corresponde ao que o antigo governante conservador e outras figuras de proa do universo brexiteer prometeram aos eleitores. Cinco anos depois do divórcio com os 27, o PIB do Reino Unido encolheu; a imigração líquida aumentou; as exportações diminuíram; o preço dos bens alimentares disparou; contam-se pelos dedos de uma mão os tratados comerciais bilaterais (e nem sequer começaram as conversas para o prometido acordo de livre comércio com os EUA); e o Partido Conservador, que governava o país desde 2010 e que negociou e implementou o acordo do “Brexit”, já nem está no governo.

Pelo meio, houve uma pandemia mundial, uma guerra europeia e uma crise energética e inflacionária, que, para os “leavers” mais convictos, foram decisivas para transformar o “Brexit” num projecto adiado ou incompleto, e, por isso, passível de ainda ser um caso de sucesso.

Houve ainda uma crise política explosiva dentro dos tories, que tiveram três primeiros-ministros entre 2020 e 2024. Johnson caiu e afastouse da política por causa do escândalo das festas em Downing Street durante a pandemia, entre outros; Liz Truss teve a governação mais curta de sempre, depois de o seu plano económico ter atirado a libra para mínimos históricos; e Rishi Sunak foi derrotado nas urnas com um dos piores resultados de sempre.

Boris Johnson (em cima), do Partido Conservador, proclamou “nova era” a 31 de Janeiro de 2020. Cinco anos depois, é o trabalhista Keir Starmer (em baixo) que está no poder

Reino Unido poderá perder mais de 371 mil milhões de euros até 2035 por causa do “Brexit”

“Andámos a fazer anúncios sem termos planos adequados. Anunciámos que íamos sair da UE antes de termos um plano de crescimento fora da UE”, admitiu Kemi Badenoch, nova líder dos tories.

“Desastre histórico”

Durante a campanha para o referendo, os apoiantes da saída asseguraram que o “Brexit” iria permitir a injecção de “350 milhões de libras” por semana no sistema nacional de saúde britânico. Mas segundo um estudo publicado este mês pela Cambridge Econometrics, a saída da UE já custou cerca de 140 mil milhões de libras (mais de 167 mil milhões de euros) à economia do Reino Unido, que, a este ritmo, pode registar perdas na ordem dos 311 mil milhões de libras (371 mil milhões de euros) em meados da próxima década. Até 2035, diz o estudo, o país terá menos três milhões de postos de trabalho, menos 32% de investimento e menos 16% de importações do que teria se não tivesse abandonado a UE.

Nos termos do Acordo de Comércio e Cooperação UE-Reino Unido, em vigor desde o início de 2021, os britânicos abandonaram o mercado único e a união aduaneira europeia, o que implica a realização de controlos alfandegários à entrada e saída de produtos do país.

“Há um debate que podemos afirmar de forma segura que está encerrado: o ‘Brexit’ teve, e continua a ter, um impacto negativo na economia do Reino Unido”, decretam Anand Menon e Joël Reland, do think tank britânico UK in a Changing Europe. “É mais complicado e dispendioso comercializar com um bloco [a UE] que representa mais de metade de todas as nossas trocas comerciais. Isto reflecte-se no investimento e, talvez de forma mais notória, no comércio de mercadorias”, sublinham os investigadores, num artigo publicado no semanário The Observer.

Michael Heseltine, antigo vice-primeiro-ministro conservador, não tem dúvidas em descrever o “Brexit” como um “desastre histórico”. “Destruiu a liderança do Reino Unido na Europa, precisamente numa altura em que era extremamente necessária; acabou com as oportunidades para a geração mais jovem partilhar os benefícios da Europa; e negou à base industrial britânica o acesso à investigação e às políticas da Europa”, lamenta, citado pelo Independent.

No campo da política migratória, frases fortes como “retomar o controlo” das fronteiras também foram amplamente promovidas pelos “leavers”. Mas o fim da liberdade de circulação e a entrada em vigor das novas regras britânicas levaram a um aumento histórico do número de entradas de imigrantes no Reino Unido. Segundo os dados oficiais, só nos primeiros 12 meses de “Brexit”, a migração líquida subiu para 484 mil pessoas, o número mais alto da última década. Entre Junho de 2021 e Junho de 2024, pelo menos 3,6 milhões de imigrantes entraram no Reino Unido, fixando a migração líquida em 2,3 milhões.

Desde que o Governo de Keir Starmer entrou em funções, a imigração e a crise económica têm continuado no topo da agenda política e mediática, também por causa do crescimento do Reform UK, o partido populista de direita radical, herdeiro do Partido do Brexit, de Nigel Farage, que tem conseguido roubar tempo de antena ao Partido Conservador.

Uma das prioridades políticas do primeiro-ministro trabalhista tem sido a de levar a cabo um “reset” nas relações com a União Europeia e com os governos dos principais países europeus. Starmer tem, ainda assim, consciência do peso do eleitorado eurocéptico ou que ficou marcado pelo trauma do período pós-referendo, pelo que, tal como fez durante a campanha eleitoral, continua a tratar o “Brexit” ou o debate sobre um regresso à UE como temas tabu.

Para Jannike Wachowiak, investigadora do think tank belga European Policy Centre, as políticas do Governo britânico relacionadas com a UE, nomeadamente no campo económico, têm sido demasiado “vagas”: “É difícil evitar a impressão de que a política da UE é periférica para o Governo de Starmer”.

A nossa Psique!

 A insondável complexidade da psique humana revela-se como um labirinto intricado de emoções, desejos e tormentos, que se entrelaçam nas regiões mais recônditas do espírito. A pintura O Grito, de Edvard Munch, erige-se como uma manifestação pungente e visceral do desespero, uma expressão artística que transcende a materialidade da tela para ecoar nas mais profundas câmaras da alma humana. Diante dessa obra, somos convocados a refletir sobre a precariedade da existência, a angústia inerente à consciência e a fragilidade do ser perante o caos do mundo e o vazio do desconhecido.

O grito que emana da figura central da composição não é um som audível, mas um clamor existencial que ressoa nos confins do inconsciente coletivo. O expressionismo de Munch, caracterizado por seus contornos disformes e sua paleta cromática vibrante, não busca uma representação mimética da realidade, mas a evocação de um estado psíquico profundo, de uma angústia que se inscreve não apenas no rosto distorcido da figura retratada, mas em toda a estrutura composicional da obra. Essa perturbação pictórica, que se insinua tanto na paisagem turbulenta quanto na deformação da forma humana, é o reflexo estético de uma condição ontológica: a consciência do indivíduo diante do absurdo da existência.
Nesse sentido, O Grito não é meramente um retrato do sofrimento pessoal de seu criador, mas uma alegoria universal da aflição humana. O olhar do espectador, ao deparar-se com essa cena de desespero silencioso, não pode permanecer indiferente: há, na figura central, um reflexo de nossa própria inquietação, de nossa própria vulnerabilidade diante da transitoriedade da vida e da inexorabilidade do tempo. A obra de Munch, ao dar corpo e cor à angústia, nos convida a uma contemplação filosófica sobre as sombras que habitam o interior do ser, sobre os abismos emocionais que nos constituem e que, por vezes, nos devoram.
A psicologia, a estética e a filosofia convergem, assim, para uma leitura mais profunda da obra, na qual a subjetividade humana se apresenta em sua forma mais crua e desnuda. O sofrimento representado não é um elemento alheio à condição humana, mas um de seus aspectos mais essenciais. O grito que não se escuta, mas se sente, emerge como uma epifania da dor existencial, uma revelação pictórica da ansiedade, da solidão e da melancolia que se ocultam sob a superfície da consciência.
Ao considerar O Grito como um portal para a compreensão da psique, percebemos que a arte, quando imbuída de tamanha expressividade, não apenas retrata a realidade subjetiva do artista, mas inaugura uma via de acesso ao insondável mistério da experiência humana. Se a obra desafia as normas da representação convencional, é porque busca capturar o que escapa à razão: a intensidade das emoções, a vertigem do ser, o eco surdo da dor que não se explica, mas que se sente com uma força avassaladora.
Dessa forma, ao nos confrontarmos com a expressão dilacerante da figura de Munch, não apenas contemplamos a angústia do outro, mas somos compelidos a reconhecer as inquietações que habitam nossa própria interioridade. O Grito não se impõe como uma imagem estática, mas como uma catarse perpétua, um espelho da alma que revela, em suas distorções e cores febris, a essência da nossa condição finita e paradoxal. A arte, nesse contexto, emerge não como um refúgio da realidade, mas como um veículo para sua mais profunda compreensão, um meio pelo qual podemos vislumbrar, ainda que por instantes fugidios, as paisagens sombrias e fascinantes que compõem o universo da mente humana.
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Nos bons e maus momentos!

 Nos nossos momentos mais sombrios, não são palavras ou conselhos que aliviam nossa carga.

É uma mão no ombro, um olhar que sussurra "estou aqui", ou uma presença silenciosa que ancora o nosso mundo no meio de uma tempestade.
Às vezes a maior forma de apoio reside na ausência de palavras e no poder de um amor que não procura ser consertado, mas apenas ser.
A dor, em toda a sua intensidade, é profundamente pessoal.
Ninguém pode senti-lo no nosso lugar, nem agarrar completamente o seu peso.
Mas nesta solidão interior, uma ligação humana, por mais discreta que seja, pode tornar-se um farol.
Ela nos lembra que não estamos sozinhos, que o nosso sofrimento, embora único, não precisa ser isolado.
️"Você não precisa entender minha dor para me amar através dela. "
Corinne, a Leenheer.
Estar lá para alguém às vezes é escolher não dizer nada.
É aceitar que as palavras, embora pretendidas, não alcançam uma certa profundidade.
É ousar silenciar, ousar oferecer sua presença sem fingir ter respostas.
Porque neste espaço sagrado, o amor não precisa de justificativa ou solução. Simplesmente existe.
Há uma beleza rara em estar ao lado de alguém sem tentar mudá-la.
É um salto de fé na resiliência um do outro, uma declaração silenciosa que diz: "Você é suficiente, mesmo no seu caos.
E eu estou aqui. ”
Nos nossos momentos de perda, muitas vezes esquecemos quem somos.
Sentimo-nos fragmentados, desligados de nós mesmos.
Mas às vezes, o amor puro - não dito, incondicional - torna-se um espelho.
Não reflete nossos defeitos, mas nossa humanidade.
E nessa reflexão, encontramos a força para nos reunirmos.
O amor, na sua forma mais autêntica, é um convite.
Um convite para sermos vulneráveis, largarmos as muralhas, aceitarmos que mesmo na nossa fragilidade, somos dignos de apoio.
️"O amor silencioso é a prova mais bonita de que você nunca precisa carregar seu fardo sozinho. "-Corinne, o Leenheer
Este mundo, na sua corrida frenética, muitas vezes nos impulsiona a procurar soluções, a dar conselhos, a "fazer" alguma coisa.
Mas a verdadeira magia está no ato de ser.
Estar lá. Aqui mesmo.
Com todo o seu coração e alma, um pelo outro.
Então quando encontrares alguém perdido na sua escuridão, lembra-te que não precisas de palavras.
Sua presença é suficiente.
Seu amor é suficiente.
Porque às vezes a coisa mais poderosa que podes oferecer é este lembrete silencioso: "Não estás sozinho. ”
Corinne, a Leenheer.
(Banon Nadine Michele)
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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Outros pensamentos!



Pensamos que intimidade se resume a sexo.

Mas a verdadeira intimidade vai além — é sobre verdade.
É quando você encontra alguém a quem pode revelar sua essência,
quando se despe das máscaras e mostra sua alma,
e a resposta que recebe é um abraço silencioso que diz:
“Você está seguro comigo”.
Isso é intimidade.
Um lugar onde a vulnerabilidade encontra acolhimento,
onde ser você mesmo é suficiente,
e onde o amor se constrói, não na perfeição,
mas na aceitação.
— Christiane


Meryl Streep disse uma vez: "Deixe as coisas se quebrarem, pare de se esforçar para mantê-las coladas. Deixe as pessoas ficarem irritadas, deixe que te critiquem, porque a reação delas não é problema seu. O que está destinado a ir embora, e o que tiver que ficar, permanecerá. O que está indo abre espaço para algo novo. Não te agarres. Confie que sempre haverá algo bom esperando por você se deixar ir o que não deveria mais estar. "
- Meryl Streep

A vida poderia ser simples, mas não é.
Poderíamos apenas sentir, sem precisar entender. Poderíamos apenas amar, sem temer a perda. Poderíamos apenas existir, sem carregar o peso das escolhas.
Mas a vida vem com seus labirintos, os seus altos e baixos, as suas perguntas sem resposta. E talvez seja exatamente isso que a torne tão especial. Porque, no meio do caos, aprendemos a valorizar a paz.
No meio da incerteza, descobrimos a coragem. No meio da complexidade, encontramos a beleza das pequenas coisas.
A simplicidade não está na ausência de desafios, mas na maneira como escolhemos ver o mundo.
Talvez a vida nunca seja simples, mas pode ser leve.
E, no fim, isso já é suficiente.
✓Carlos Cabrita