sábado, 8 de fevereiro de 2025

Os professores também sofrem!



Bullying: os professores também são vítimas

Numa época marcada por perceções, em que o “achismo” impera, a Missão Escola Pública lançou um inquérito para apurar dados sobre o bullying a docentes. Não é um fenómeno recente, mas agudizou-se nos últimos anos. Habituada a falar dele entre crianças e jovens, a sociedade tende a esquecer-se de que a escola é também o local onde professores são igualmente vítimas de assédio por parte das estruturas que integram. Entendido como um comportamento agressor por parte de alguém no exercício de uma relação de poder, será fácil perceber que ele aconteça também entre professores.

A indisciplina crescente, as agressões verbais e, muitas vezes, físicas, a vandalização de carros e a criação de contas online para aniquilamento da honra profissional e pessoal são algumas das ações levadas a cabo por alunos e apuradas por este inquérito. Os encarregados de educação (EE) questionam avaliações e práticas pedagógicas e pressionam para alteração de notas dos seus educandos quando estas não correspondem às expetativas que a falta de trabalho dos jovens não cumpriu. Estes poderiam parecer atos simples de violência e vandalismo, mas a verdade é que os professores se encontram completamente desprotegidos na sua prática diária, enfraquecidos por políticas sucessivas de descrédito perante a opinião pública, e qualquer EE pode apresentar queixa num órgão do Ministério da Educação, que este também não defenderá o seu trabalhador; mesmo que a queixa não contenha matéria para um processo disciplinar, será sempre aberto um e o docente terá de provar a sua inocência, negando aquele pressuposto geral de que somos todos inocentes até prova em contrário.

As direções das escolas, ao invés de proteger os seus docentes, aplicam na maior parte das vezes uma justiça discricionária no exercício de uma autonomia conferida pela lei, que lhes permite coagir e perseguir quando são questionadas: a atribuição de horários desumanos, com inúmeros níveis de lecionação, carregados de tarefas burocráticas e desnecessárias, desrespeito pela antiguidade na atribuição de horários, o não registo atempado das informações nas plataformas que permitem as progressões na carreira, acesso a drives e emails pessoais nos domínios institucionais, coação para aceitação de horas extraordinárias, pressão para a subida de classificações e ameaças de instauração de processos disciplinares quando tudo o que impõem falha.

Nalguns casos, também os assistentes operacionais exercem sobre os docentes os seus pequenos poderes, tentando agradar às direções (que também os avaliam), marcando faltas por atrasos de minutos, quando estes se encontravam a receber EE ou a resolver assuntos da escola num mundo que não se regula pelos mesmo horários que esta.

Dos seus pares, também recebem agressões, com tentativas de descredibilização do seu trabalho perante as direções e os coordenadores de departamento, em virtude de uma avaliação de desempenho, quando se encontram num universo em que apenas um ou dois terão direito ao “excelente”.

As consequências de todos estes atos nem sempre são claras, mas resultam sempre em problemas de saúde física e mental, que redundam todos eles num desencantamento pela profissão e, num expoente mais elevado, até pela própria vida.

Nada disto são apenas perceções. Era importante que a sociedade compreendesse todas as implicações e a necessidade de se rever o Modelo de Gestão das Escolas e o Estatuto da Carreira Docente, focando-se nos aspetos que minam todo o processo que procura o sucesso da sociedade do futuro.

Numa carta a Einstein, Freud explicava os fundamentos da guerra, com a pulsão da morte do outro em defesa da sua pulsão de vida, mas esta não pode ser a explicação e o fim para todos estes atos de agressão. Há que criar estruturas e procedimentos que minimizem esta pulsão intrínseca à espécie humana. Essa é a nossa responsabilidade como seres pensantes. Porque há preços que nenhuma sociedade deve estar disposta a pagar, como este de não existir capital humano para assegurar a aprendizagem da sociedade do futuro. 

A minha opinião como professor:

A minha perceção leva-me a afirmar, sem certezas absolutas, que o bullying sobre os professores existe. A pressão de alunos, encarregados de educação, e outros intervenientes do processo educativo é real. O facto das "evidências" terem um papel importante no processo de avaliação docente e não docente leva a que haja uma certa competição, por vezes, negativa. Felizmente, na nossa ilha, os casos referidos no artigo ainda não tomaram contornos demasiado sérios. Contudo, há que repensar a legislação vigente e dar maior proteção aos docentes, que, diga-se de passagem, hoje em dia já não têm aquele estatuto social que em tempos usufruiram. 

08-02-25






Apaixonar-se

 

Por quem nos apaixonamos

As pessoas por quem nos apaixonamos mostram o que queremos. Mais do que qualquer outra coisa, mais do que qualquer psicanálise, mostram-nos o que escolhe a nossa alma — a nossa alma desprevenida, e cega, quando está livre de considerações práticas, de juízo, de medo, de cálculo.

Lembro-me de ter cinco ou seis anos e de ter ficado estarrecido quando li, numa quadra que uma namorada me deu, o verso Love is blind.

Pareceu-me tão violento falar assim do amor, que eu julgava ser a vontade de abraçar os meus pais e os meus gatinhos, mais a perdição que sentia quando estava longe deles.

Levei décadas a perceber que o amor é mesmo cego — que se ri das tentativas de nos dizer quem é que devemos ou não devemos amar. Mesmo assim (as apps de encontros são a mais recente iteração), achamos — incrivelmente — que não se perde tempo em tentar conduzir as coisas do amor no sentido em que nos dá mais jeito.

Quem é que devo escolher para partilhar a minha vida? Porque é tão fácil a toda a gente responder a essa pergunta, quando são outros, mesmo desconhecidos, que perguntam? Talvez a única esperança seja alterar a pergunta, para lhe dar uns pozinhos de realismo. Por exemplo: em quem devo arriscar para partilhar a minha vida? Quem é que devo escolher para negociar e discutir — a todo o momento — a minha vida?

Na verdade, não escolhemos a pessoa que amamos. Apenas escolhemos o que vamos esperar dela. É uma escolha feita sem justiça e sem realismo, já que a pessoa já está escolhida e, a bem dizer, não temos direito a contrapartida.

Muita sorte tivemos nós em ter conseguido apanhar a pessoa que amamos: o resto é o vale de lágrimas que merecemos. Também não temos influência sobre a nossa própria alma: seria como a chuva mandar na chuva.

Talvez a melhor estratégia seja aprender a viver com a alma (e o amor) que se tem, deixando-a ser como ela insiste em ser, e guardando as nossas energias para a minimização regular e metódica dos estragos.

 SUCCESS

To laugh often and much; to win the respect of intelligent people and the affection of children; to earn the appreciation of honest critics and endure the betrayal of false friends; to appreciate beauty, to find the best in others; to leave the world a bit better, whether by a healthy child, a garden patch or a redeemed social condition; to know even one life has breathed easier because you have lived. This is to have succeeded.
~ Bessie Anderson Stanley
>> Source: Bessie Anderson Stanley was best known for her poem “Success” (also referred to as “What is Success?” or “What Constitutes Success?”). The poem is often mistakenly attributed to Ralph Waldo Emerson or Robert Louis Stevenson.
Stanley was born in Newton, Iowa, and married Arthur Jehu Stanley in 1900, after which the couple resided in Lincoln, Kansas. In 1904, she wrote her famous piece for a contest hosted by Brown Book Magazine under the sponsorship of George Livingston Richards Co. of Boston, Massachusetts. Rather than submitting her entry as a poem, she presented it as an essay in response to the prompt, “What is success?” (with a limit of 100 words). Stanley’s entry won the first prize, earning her $250.
May be an image of text that says "What is success? www.facebook.com/Englishitrt earn To laugh often and much; to win the respect of intelligent people and the affection of children; to the appreciation of honest critics and endure the betrayal of false friends; to appreciate beauty, to find the best in others; to leave the world a bit better, whether by a healthy child, a garden patch or a redeemed social condition; to know even one life has breathed easier because you have lived. This is t have succeeded. ~Bessie Anderson Stanley www.facebook.com/EnglihLtrat English Literature"
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

John Keats - an English Poet


 

 

Bob Marley: 80 Anos de um Legado que Ecoa no Tempo

Hoje, 6 de fevereiro de 2025, celebramos o que seria o 80.º aniversário de Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley. Se estivesse vivo, o "Rei do Reggae" continuaria a ser um farol de esperança, amor e resistência, inspirando gerações com a sua música e mensagem atemporal. Nascido em Nine Mile, na Jamaica, em 1945, Marley não foi apenas um músico; foi um ícone cultural, um ativista e um mensageiro da paz cuja influência transcende fronteiras e décadas.
### **A Música como Arma de Libertação**
Bob Marley elevou o reggae a um patamar global, transformando-o num veículo de luta e consciência social. Canções como *"Get Up, Stand Up"* e *"Redemption Song"* não são apenas melodias cativantes; são hinos de resistência que ecoam até hoje. A sua música, enraizada na filosofia rastafári, abordava temas como a igualdade racial, a justiça social e a liberdade, tornando-se um símbolo de união e esperança para milhões.
A sua capacidade de unir pessoas foi demonstrada em momentos históricos, como o *One Love Peace Concert* de 1978, onde conseguiu reunir líderes políticos rivais no mesmo palco, promovendo a reconciliação num país dividido.
### **Um Legado que Inspira o Mundo**
O impacto de Marley vai além da música. Ele foi um dos primeiros artistas do chamado "Terceiro Mundo" a conquistar o mercado internacional, abrindo caminho para outros estilos e culturas ganharem visibilidade global. A sua mensagem de amor e união continua a ressoar, especialmente num mundo ainda marcado por divisões e conflitos.
A sua influência estende-se também à moda, com os seus dreadlocks e roupas coloridas tornando-se símbolos de identidade e resistência cultural. Além disso, a sua defesa do uso ritualístico da cannabis ajudou a mudar a percepção global sobre a planta, contribuindo para debates sobre a sua legalização.
### **Celebrações do 80.º Aniversário**
Para marcar esta data especial, a família Marley e fãs de todo o mundo organizaram uma série de eventos. O destaque é o concerto *"Uprising"*, transmitido ao vivo a partir dos Tuff Gong Studios, em Kingston, Jamaica, com performances de artistas como Mortimer, Bugle e Naomi Cowan.
Além disso, um coral de 8.000 crianças, o *Young Voices*, realizou um singalong global, interpretando clássicos como *"One Love"* e *"Three Little Birds"*. Este evento, transmitido a partir de Manchester, no Reino Unido, simboliza a universalidade da mensagem de Marley, que continua a unir pessoas de todas as idades e origens.
### **A Mensagem Eterna de Bob Marley**
Bob Marley partiu precocemente aos 36 anos, vítima de um cancro, mas o seu legado permanece vivo. O álbum *"Legend"*, lançado postumamente, é o mais vendido da história do reggae, com mais de 33 milhões de cópias comercializadas em todo o mundo.
A sua música não é apenas um reflexo do passado; é um guia para o futuro. Num mundo ainda marcado por desigualdades e conflitos, as suas palavras continuam a inspirar: *"Liberte-se da escravidão mental. Ninguém além de você pode libertar a sua mente"*.
### **Conclusão**
Bob Marley não era apenas um músico; era um visionário cuja arte transcendia barreiras culturais e geográficas. Hoje, ao celebrarmos os 80 anos do seu nascimento, honramos não apenas o artista, mas o homem que acreditava no poder da música para mudar o mundo. O seu legado é uma prova de que, mesmo após a partida física, o amor, a paz e a resistência continuam a ecoar, unindo-nos numa só voz.
🎵
One love, one heart, let's get together and feel all right.
🎵
– Bob Marley.

O Desporto e os Jovens - in O Público edição 07-02-25

Desporto escolar vs. Desporto federado

1. É tema recorrente o das relações entre os dois segmentos em título e dura, pelo menos, desde quando foi publicado o Decreto-Lei n.º 95/91, de 26 de Fevereiro, que aprovou o regime jurídico da Educação Física e do desporto escolar. Autonomia? Desporto escolar como antecâmara do desporto federado? Duas linhas paralelas?

Se mirarmos a lei — esse texto que tudo pretende dizer —, no concreto a Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro, Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, temos o artigo 28.º, em especial seus n.ºs 1 e 2: “1 — A educação física e o desporto escolar devem ser promovidos no âmbito curricular e de complemento curricular, em todos os níveis e graus de educação e ensino, como componentes essenciais da formação integral dos alunos, visando especificamente a promoção da saúde e condição física, a aquisição de hábitos e condutas motoras e o entendimento do desporto como factor de cultura. 2 — As actividades desportivas escolares devem valorizar a participação e o envolvimento dos jovens, dos pais e encarregados de educação e das autarquias locais na sua organização, desenvolvimento e avaliação.” Programático, nada mais. Mas a narrativa é bonita.

Se olharmos para o Programa do Governo (outros diriam o mesmo), as palavras continuam a ser bonitas. No espaço “Um País com futuro para os jovens e para as crianças”, há um lugar para o “Desporto e Actividade Física”: “A qualidade de vida é, também, afectada pelos fracos níveis de prática de actividade física e desportiva da população portuguesa, a que acrescem problemas de literacia motora e desportiva. É fundamental melhorar significativamente a prática desportiva em idade escolar até ao ensino superior. Torna-se necessário, hoje mais do que nunca, assumir e impulsionar o desporto como uma ferramenta de inclusão social.”

Também lá estão as santas “sinergias”: “Clarificar competências e potenciar sinergias entre a educação física, o desporto na escola (todos os níveis de ensino), o desporto no clube, as actividades de recreio desportivo de cariz comunitário e o desporto para segmentos populacionais específicos.”

2. Uma história vizinha. No início do ano escolar 2023/2024, um pai procurou inscrever as duas filhas num clube de basquetebol. Porém, o clube negou tal inscrição, sustentando que as meninas não se inscreveram num dado programa — multidesportivo — escolar. O pai requereu então à Diputación de Gipuzkoa que fosse permitida a inscrição no clube, sem necessidade de estarem inscritas no programa escolar, frisando que a actividade se realizaria fora das horas lectivas. A resposta: “A participação das meninas numa escola de basquetebol está subordinada à participação no referido programa do centro escolar.” Foram invocados os riscos de uma precoce especialização e a prossecução do desenvolvimento educativo integral do menor através do desporto. Em suma, a obrigatoriedade de as crianças fazerem desporto na escola é um requisito indispensável para se inscreverem num clube.

3. Quem não concordou foi o Tribunal Superior de Justicia do País Basco. Para o tribunal, de acordo com a Ley del Deporte do País Basco, deve-se garantir preferencialmente a prática multidesportiva, mas nunca a tornar obrigatória. Por outro lado, não são de descartar as preferências dos menores no desenvolvimento da prática desportiva.

4. A história accionou a memória. Dispunha o artigo 1.º do Decreto 11:561, de 7 de Maio de 1926: “Nenhum aluno das escolas dependentes do Ministério da Instrução Pública poderá dedicar-se a práticas desportivas de qualquer natureza sem uma autorização escrita dos chefes dos estabelecimentos em que se encontrem matriculados, declarando-o apto para as realizar.” Segundo o artigo 2.º, a falta da autorização escrita implicava para os alunos que “indevidamente se dedicarem à prática de qualquer desporto a anulação da sua matrícula”. Simpático.

Messalina uma mulher sexy

 A IMPERATRIZ MESSALINA E A MAIOR COMPETIÇÃO SEX*AL DA HISTÓRIA DE ROMA

A história de Messalina, a imperatriz romana, está envolvida em uma atmosfera de escândalo e luxúria. Seu nome tornou-se sinônimo de libertinagem e desenfreio sex*al, e suas façanhas foram transmitidas ao longo dos séculos, tornando-a uma figura lendária.
Messalina, a terceira esposa do imperador Cláudio, era conhecida pela sua beleza e pelo seu apetite insaciável pelo prazer. Diz-se que organizava org*as exageradas no Palácio Imperial, onde se entregava a múltiplos amantes, desafiando a moral e as convenções sociais da época.
Uma das histórias mais famosas sobre Messalina conta que organizou uma competição sex*al pública no jardim de Lucullus, onde enfrentou uma prostit*ta chamada "Scilla" em um concurso de resistência. A lenda conta que Messalina conseguiu superar Scilla na batalha de prazer, e até se atreveu a desafiar a própria Vênus, a deusa romana do amor, em um concurso de beleza.
CONCURSO SEX*AL NUNCA VISTO
O palco romano no palácio do Imperador Cláudio estava pronto nessa noite para a mais desafiadora e feroz competição sex*al alguma vez vista.
A iniciativa tinha sido inspirada por Valeria Messalina, esposa do próprio Cláudio, aproveitando que este se encontrava fora de Roma numa missão política e militar impossível para subjugar a ilha da Britânia.
O desafio não podia ser mais escandaloso, embora provocativo, para a ilustre comunidade de homens e mulheres da corte convidados para o ato pela ousada e desenfreada imperatriz.
O sonho, para não dizer a loucura de Messalina, consistia em disputar com outra mulher, qualquer que se considerasse corajosa e determinada, uma carreira de se*o para ver qual era capaz de ter relações sexu*is com mais homens em uma noite.
Como reconhecida ninfomaníaca que era no bairro de S*bura e além disso, desafiou o sindicato de prostit*tas de Roma a confrontá-la para, de uma vez por todas, resolver quem era quem nas lides do se*o aberto, massivo e sem rodeios.
Dito e feito, a legião das mulheres da vida alegre romana aceitou o luto e, sabendo da fama lendária do seu rival, escolheram para representá-las nada mais nada menos do que a siciliana Escila, toda uma «come homens» que semeou o terror naquela Roma procaz e luxuriosa.
Seria aquela uma batalha a morrer entre as duas reconhecidas prostit*tas, cada uma com uma trajetória nas artes amatórias e sex*ais inigualáveis na história da humanidade.
Messalina, jovem e de uma beleza sem igual, cativou a Roma Antiga. Lucia cabelo preto azabache, pele angelical, quadris de trator e um sorriso demolidor de homens.
Apesar de ser parente da família imperial, era pobre e desamparada de luxo até que Cláudio se apaixonou por ela e se casaram com tanta sorte que, ao ser assassinado Calígula, seu sobrinho, aquele se tornou o novo imperador graças ao apoio do exército.
Assim que chegou à corte, Messalina fez e desfez. Não era para menos para um marido 36 anos mais velho, feio, burro, gago e coxo, e que sempre foi infiel dormindo com toda a nobreza romana, desde soldados e atores até gladiadores.
Era tão mal feito o pobre Cláudio que, segundo os historiadores, sua própria mãe o chamava de "aborto inacabado". Deve ter sido por isso que, em um dos seus tantos surtos de ninfomania, Messalina se vingou deitando com mil homens da guarda pretoriana.
Assim que percebia que o marido dormia como um abençoado, Messalina descia à noite embrulhada em uma capa aos lupanares públicos onde sob o nome de Licisca (mulher loba), se disfarçava com uma peruca loira e os mamilos pintados com pães de ouro.
Por seu lado, a adversária não lhe ficava nada para trás, pois, mal que bem, era a prostituta de moda e de mais renome na Roma hedonista e lasciva da época, o que já era muito dizer.
Seu único nome, Scila, infundia medo e respeito porque se tratava do mesmo nome do monstro feminino que Homer citava na sua peça A Odyssey, famoso por engolir homens inteiros, independentemente de origem ou corpulência.
A questão é que nessa famosa e memorável noite, após a bandeira de partida ou apitaço do juiz, cada uma entrou em ação em toda turbina tendo pela frente uma fila interminável de homens esperando sua vez para serem atendidos.
No entanto, à medida que a noite avançava no meio do flagor da batalha sex*al dessas duas ninfas, as ancas de Scila começaram a fraquejar e perder fole até que ela, exausta, jogou a toalha quando mal contava 25 homens no marcador.
Ela não conseguiu mais, apesar de sua própria rival a encorajar vezes sem conta a não desmaiar. «Isto está apenas começando», deve ter gritado Messalina, no meio das suas convulsões e espasmos de prazer, da cama ao lado.
Mas, apesar de ter vencido perante o inesperado retiro de Cila, Messalina continuou a devorar vítima após vítima ao ponto de que, ao amanhecer, colecionava já 70 troféus de carne e osso contra os 25 do seu oponente.
Ainda não satisfeita com o inédito triunfo, porque mais do que exausta se sentia sexualmente insatisfeita, Messalina continuou a trabalhar durante o novo dia até chegar ao recorde, que se saiba ainda imbatido, de 200 homens «despachados» um após o outro em poucas horas.
A história de Messalina é uma mistura de realidade e lenda. Embora seja verdade que foi uma figura controversa e que o seu comportamento escandaloso a transformou numa figura lendária, é importante lembrar que a sua história está cheia de preconceitos e propaganda política. A verdade sobre Messalina, como a verdade sobre muitas figuras históricas, foi perdida no tempo, deixando apenas uma sombra da mulher que ela foi.
Uma dama insaciável que, dada a prolongada ausência de Cláudio, casou-se logo com o seu amante, o cônsul Cayo Silio, e tramou com este uma conspiração para liquidar o seu marido.
Mas Cláudio, ciente da bigamia dela e da sua tentativa de tirá-lo do trono, condenou ambos ao suicídio. No entanto, como ao tentar Messalina não passou de alguns arranhões no seu corpo, decapitou-a aos seus tenros 23 anos de idade no ano 48 d.C.
Não só isso: apagou seus rastos e presença pública para que ninguém mais se lembrasse dela.
Farto e desapontado com o que aconteceu, Cláudio não só prometeu nunca mais se casar, como pediu ao seu próprio exército que o matasse se ele não cumprisse a sua palavra.
Até que, bem... conheceu sua sobrinha Agripina, mãe de Nero, e engoliu o juramento que, segundo os historiadores, havia feito no meio de uma soberana bêbado.
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