Ontem, celebrámos o 183.º aniversário de nascimento de Antero de Quental, um dos maiores poetas e pensadores portugueses do século XIX. Nascido em Ponta Delgada, Açores, em 1842, Antero destacou-se como líder da chamada Geração de 70, movimento que procurava renovar a literatura portuguesa, aproximando-a das correntes europeias contemporâneas.
Museu Nacional Soares dos Reis
A sua obra poética é marcada por uma profunda reflexão filosófica e social. Publicou "Sonetos" (1861), "Odes Modernas" (1875) e "Sonetos Completos" (1886), nos quais abordou temas como o progresso, a liberdade e a condição humana. Para além da poesia, Antero de Quental teve uma intervenção significativa na vida política e social do seu tempo, participando ativamente em movimentos que promoviam a justiça social e a liberdade de pensamento.
A sua influência estendeu-se a várias áreas, incluindo o jornalismo e o ensaio filosófico, sendo considerado um intelectual comprometido com as causas sociais e políticas do seu tempo. A sua vida foi marcada por desafios pessoais, culminando com o seu falecimento em 1891, aos 49 anos.
Neste dia de aniversário, é importante recordar o legado de Antero de Quental, cuja obra continua a influenciar e a inspirar gerações de leitores e escritores, reafirmando a sua posição como uma figura central na literatura e na cultura portuguesa.