sexta-feira, 31 de julho de 2020

A Hero's Death - Fontaines D.C.

31 de julho de 2020!
O dia da confirmação ou não, da evolução dos Fontaines D.C. como banda postpunk. E aí está o 2º album, A Hero's Death. De acordo com Grian Chatten, o título deste album deve-se a uma fala duma peça do dramaturgo irlandês Brendan Behan. A capa contém a estátua do semideus Cú Chulainn de Oliver Sheppard. 
A Hero´s Death, gravado em Los Angeles já este ano, contém onze faixas e 47 minutos de duração.
Grian Chatten o líder desta banda, referiu que este trabalho é uma tentativa de conseguir um equilibrio entre a sinceridade e a falsidade, uma luta entre a felicidade e a depressão e os problemas de confiança que os podem ligar. As faixas de Hero's Death lembram outras bandas: Interpol; The Strokes; Suicide; The Stooges; The Beach Boys e até mesmo PIL. Um som mais contido, depurado, a voz de Chatten menos agressiva, mais melódica e faixas, a meu ver, mais equilibradas!
Aqui vai a minha crítica às 11 faixas de A Hero's Death. A classificação vai de 0 (mau) a 5 (excelente)

1. I don't belong - 4'31"  (5/5

2. Love is the main thing - 3'54" (4,5/5)

3. Televised mind - 4'10" (4,5/5)

4. A Lucid Dream - 3'54" (5/5)

5. You said - 4'37" (5/5)

6. Oh such a Spring - 2'33" (5/5)

7. A Hero's Death - 4'18" (4,5/5)

8. Living in America - 4'57" (4,5/5)

9. I was not born - 3'49" (4,5/5)

10. Sunny - 4'53" (5/5)

11. No - 5'09" (5/5)





 

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Outrora e Outros Tempos - Olga Tokarczuk



SINOPSE

Outrora é uma aldeia polaca situada no centro do mundo e protegida por quatro arcanjos. Esta mítica aldeia, onde a relva sangra, a roupa tem memória e os animais falam por imagens, é povoada por personagens excêntricas e inesquecíveis - humanas, animais, vegetais, minerais - cujas existências obedecem aos ciclos das estações e à inexorável passagem do seu Tempo, mas também aos acontecimentos externos.

Durante três gerações, este microcosmo instável e arrebatador assiste ao eclodir de uma Grande Guerra, à Crise, a uma nova e Segunda Grande Guerra, à Ocupação Nazi, à invasão Russa, e ao choque entre a modernidade e a natureza, espelhando a dramática história da Polónia do século XX.

Primeiro grande sucesso de Olga Tokarczuk, vencedor do prestigiado Prémio da Fundação Koscielski, Outrora e Outros Tempos é um romance histórico, filosófico, mitológico e, no dizer da crítica, «um clássico da literatura europeia contemporânea».

A autora sempre quis escrever um livro como este: «A história de um mundo que, como todas as coisas vivas, nasce, cresce e depois morre… Cozinhas, quartos, memórias de infância, sonhos e insónia, reminiscências e amnésia fazem parte dos seus espaços existenciais e acústicos, compondo as diferentes vozes da sua história.»

Olga Tokarczuk prémio Nobel da Literatura escreveu até à data três livros, "Outrora e Outros Tempos" (1992), "Viagens" (2007) e "Conduz o teu Arado sobre os Ossos dos Mortos" (2009).

Outrora e Outros Tempos" foi publicado há pouco tempo pela Cavalo de Ferro e é o livro inaugural de Olga Tokarczuk. Dividido em capítulos denominados "tempos", como o tempo musical, uma das principais características da escrita da autora: os fragmentos, ou seja, "um romance em constelação". Trata-se de descentrar a nossa atenção, de nos impedir de concentrar o olhar numa só linha narrativa. Esta escrita fragmentária dá-nos a liberdade de começar a leitura em qualquer momento da obra. Existem, por assim dizer, várias velocidades, tudo anda à volta de tudo, como se fosse uma constelação.

Na aldeia de Outrora e lugares vizinhos vive um leque de personagens que vão envelhecendo à medida que os vamos conhecendo, como o ciclo da Natureza.

Quem ainda não conhece Olga Tokarczuk, a polaca que ganhou o último Nobel da Literatura, esta é um oportunidade soberana de o fazer.










segunda-feira, 27 de julho de 2020

Cantinhos da nossa ilha - Porto da Cruz

A Praia da Maiata situa-se na freguesia do Porto da Cruz, na costa norte da Madeira e é bastante procurada pelos surfistas graças à grande ondulação que se faz sentir.
A Praia da Maiata é acessível de duas maneiras: Pode deixar o carro no centro do Porto da cruz, e aproveitar para dar um passeio à beira mar até à praia, ou pode conduzir até junto da praia, tendo apenas de descer uma escadaria.
Desta praia temos uma vista linda sobre o Porto da Cruz, com o imponente Penha d´Águia ao fundo.



Porto da Cruz é uma freguesia portuguesa do concelho de Machico. Fica situado a 36KM do Funchal, em plena costa norte da ilha.

As terras do Porto da Cruz foram das primeiras a serem desbravadas na costa Norte e foram pertença de Lançarote Teixeira, filho do primeiro Capitão – Donatário de Machico, que posteriormente as passou ao seu filho, António Teixeira, “o Rei Pequeno”.

O atual orago da paróquia é Nossa Senhora da Guadalupe, mas anteriormente esta teve como padroeira a Na Sra. da Piedade e do Mistério da Vera Cruz.

Foi o rei D. Sebastião que elevou o Porto da Cruz a freguesia por alvará de 26 de setembro de 1577, freguesia que, por despacho de 10 de setembro de 1835 e que criou posteriormente o concelho de Santana, transferiu esta freguesia para aquele concelho.

Em virtude do decreto de 19 de outubro de 1852 foi anexada ao concelho de Machico ao qual ainda pertence.

A 25 de julho de 1996, foi elevada à categoria de Vila.

Nesta freguesia viveram importantes famílias “aristocráticas” como os Baptistas, os Leais ou os Monizes.

Desde sempre ligada à exploração da terra, o Porto da Cruz apresenta uma paisagem eminentemente rural e agrícola. Os seus engenhos atestam ainda hoje a pujança que o açúcar trouxe à economia local.

Em 1419, a partir da descoberta da ilha da Madeira, inicia-se o reconhecimento e exploração da costa norte, desde a Ponta de S. Lourenço até a Ponta do Pargo. Ao chegar ao porto desta localidade, os exploradores arvoraram uma cruz feita de paus recolhidos na ribeira. Descreve-o, assim, Jerónimo Dias Leite, Cónego da Sé do Funchal num manuscrito elaborado no ano de 1579 e enviado ao Dr. Gaspar Frutuoso pároco da Ribeira Grande na Ilha de São Miguel, nos Açores. Aquele documento forneceu dados preciosos para este ilustre historiador escrever as "Saudades da Terra".

Deste modo ele se expressa: « ... da Ponta de São Lourenço para Ocidente perto de duas léguas esta uma aldeia que se chama Porto da Cruz por ter sido arvorada uma cruz no pequena enseada que lhe serve de porto e que tem junto do mar um engenho que foi de Gaspar Dias; é grossa fazenda, com boas terras de canas e muitas aguas, haverá neste lugar uns trinta fogos espalhados, afora a gente da fazenda e são os moradores todos criadores, porque os matos são em toda a Ilha gerais a todos para criarem neles. »

O nome dado a esta localidade pelos primeiros que a pisaram permaneceu até hoje.

 

In Wikipédia