sábado, 17 de maio de 2025

AS CASAS DE BANHO ROMANAS

 AS CASAS DE BANHO ROMANAS

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As casas de banho conhecidas como termas, desempenharam um papel fundamental na sociedade romana, refletindo sua sofisticação cultural, engenharia avançada e valores sociais.
Originárias da Grécia Antiga, as termas romanas evoluíram para complexos luxuosos que não só serviam como locais de higiene, mas também como centros de atividades sociais, políticas e culturais.
As termas desempenhavam várias funções na sociedade romana,além de proporcionar banhos e limpeza corporal, eram lugares onde os romanos se reuniam para socializar, exercitar-se, fazer negócios e discutir política.
Eram verdadeiros centros de bem-estar, onde as pessoas podiam relaxar, desfrutar de massagens, receber tratamentos de beleza e até mesmo participar de atividades como jogos e apresentações teatrais.
A construção de termas tornou-se uma demonstração de status e poder para os imperadores e elites romanas, grandes complexos foram erguidos em toda a cidade e no Império Romano, exibindo mosaicos elaborados, estátuas, jardins e instalações impressionantes, como piscinas aquecidas e saunas.
As termas também desempenharam um papel importante na promoção da saúde pública e no controle da higiene.
Muitos romanos, especialmente os menos afortunados, não tinham acesso a banheiros em suas próprias residências, então as termas ofereciam uma oportunidade crucial para manter a limpeza e prevenir doenças.
Autores como Sêneca, Plínio, o Velho e Suetônio mencionaram as termas em suas obras, destacando sua importância na vida quotidiana dos romanos. Além disso, registros arqueológicos e evidências encontradas em sítios antigos também fornecem insights valiosos sobre a arquitetura, função e significado social das termas romanas.
Um fato curioso sobre as termas é que elas eram frequentemente decoradas com pinturas e mosaicos eróticos, refletindo a percepção romana da sexualidade como parte integrante da vida e da cultura.
Além disso, algumas termas eram equipadas com sistemas de aquecimento sofisticados, como o hipocausto, que distribuía ar quente sob o piso, permitindo que as instalações fossem usadas durante todo o ano, mesmo nos meses mais frios.
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A cúpula do panteão de Roma

 The Pantheon's dome in Rome, built nearly two millennia ago, is an extraordinary architectural achievement, recognized as the largest unreinforced concrete dome in the world, with both a height and diameter of 43 meters. Although the Romans did not invent concrete, they perfected its use, following a formula described by the architect Vitruvius. This recipe incorporated lime, pozzolana, and various aggregates to improve the material's density. This innovative blend, along with their advanced understanding of concrete chemistry, has allowed the dome to withstand the test of time without the need for modern reinforcements, making it a lasting symbol of Roman engineering prowess and architectural brilliance.

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Nós e a tecnologia!

 

Uma relação saudável com a tecnologia começa nas pessoas

A construção de vínculos afetivos seguros é a base invisível que sustenta o crescimento, a resiliência e a segurança das crianças. Todos os pais e mães tentam fazer o melhor pelos seus filhos, enquanto procuram compreender o mundo complexo em que as crianças estão a crescer. Para muitos, sabendo menos do mundo digital do que as próprias crianças, a boa notícia é que a criação de uma relação saudável com a tecnologia não começa nos dispositivos, mas nas pessoas.

As crianças e os adolescentes que crescem em ambientes seguros, com regras claras e adultos emocionalmente disponíveis, tendem a desenvolver maior capacidade de autorregulação, de estabelecer limites e de lidar com frustrações — incluindo aquelas que surgem no mundo digital.

Nas últimas semanas, ouvimos especialistas, famílias e jovens, na campanha “Segurança na rede, rede de segurança”, lançada pela Unicef Portugal para promover a proteção e o bem-estar digital de crianças e adolescentes. Algumas ideias ficaram claras: as crianças sentem-se mais seguras quando o mundo à sua volta é previsível e estruturado. A criação de rotinas livres de ecrãs — durante o tempo em família, ao final do dia e antes de ir dormir — com tempo para atividades físicas são passos simples, mas transformadores. Estabelecer regras claras desde cedo e introduzir as tecnologias de forma gradual, não é limitar: é proteger.

As ferramentas de controlo parental são importantes e não põem em causa a liberdade ou a privacidade. São aliadas da proteção para ajudar a criança a desenvolver um uso progressivo, autónomo e responsável da tecnologia, num ambiente de confiança.

Contudo, a proibição deve ser debatida e ponderada. Esta, tantas vezes sentida e falada como solução, pode criar expetativas de proteção irrealistas.

O mundo digital continua amplamente desregulado. Com o aumento do acesso à Internet, há um crescimento exponencial na exposição das crianças a mensagens de ódio, imagens violentas ou conteúdos de cariz sexual. Os esforços para regulamentar o conteúdo e restringir o acesso de crianças a esse material não estão a acompanhar as mudanças tecnológicas. É fundamental recentrar o debate na prevenção junto das famílias, nas escolas e na sociedade, lembrando que a presença e o apoio podem fazer a diferença, antes que surjam situações extremas.

Uma parte essencial da prevenção passa pela educação emocional. Ensinar crianças e adolescentes a reconhecer e regular emoções, a interpretar o outro com empatia, é um dos caminhos mais sólidos para prevenir situações como o cyberbullying. As escolas, ao lado das famílias, têm um papel essencial — a literacia digital é também transmitir valores, como a dignidade, respeito, diversidade e responsabilidade, para a construção de relações saudáveis e seguras, em todos os contextos.

A rede de segurança deve envolver também as empresas tecnológicas, que não podem ignorar o impacto que têm no desenvolvimento emocional e físico das crianças.

As próprias crianças e os jovens têm de ser envolvidos. Ouvir as crianças e incorporar verdadeiramente as suas perspetivas permite criar medidas mais justas, eficazes e alinhadas com o que sentem, precisam e conhecem.

Os desafios mudam com as gerações. As crianças de hoje vivem num mundo digital que os seus pais e avós não conheceram na infância. Mas as necessidades de base são as mesmas.

A segurança digital constrói-se com empatia, presença real e comunicação aberta.

Directora de Políticas de Infância e Juventude na Unicef Portugal

Pilates Clínico???

 

O que é o pilates clínico?

Há pelo menos um tipo de pilates que convém não descartar como mais uma moda passageira: o pilates clínico, que, de acordo com Tiago Lopes, fisiatra da Clínica Espregueira, no Porto, tem inúmeros benefícios: “Melhora a postura e o alinhamento corporal, fortalece o core, o conjunto de músculos que suporta a coluna e a pelve, aumenta a flexibilidade e a mobilidade articular e contribui para o equilíbrio e a coordenação.”

O fisiatra refere ainda que, “no plano terapêutico, tem-se revelado eficaz no alívio de dores lombares crónicas, muitas vezes associadas a hérnias discais e alterações posturais, ao facilitar a estabilização da coluna e a correcção do movimento”. Além disso, “é uma ferramenta valiosa na recuperação funcional após cirurgias ortopédicas e na reabilitação neurológica — com benefícios comprovados em casos de acidentes vasculares cerebrais, doença de Parkinson e esclerose múltipla.

No campo da saúde da mulher, mostra-se útil durante a gravidez e o pós-parto, e tem ainda um papel relevante na prevenção de quedas em idosos, “promovendo a autonomia e a qualidade de vida”. Tiago Lopes conclui dizendo que “quem pretenda iniciar [esta] prática deve procurar, em primeiro lugar, a avaliação de um médico fisiatra. Após a prescrição adequada, é recomendável escolher clínicas de fisioterapia ou estúdios especializados que disponham de profissionais de saúde com formação certificada em pilates clínico”.

Pequenas colheres especiais!

Por que é que os guerreiros romanos levavam pequenas colheres para a guerra?
Entre os objetos encontrados em depósitos de guerra da época romana, pequenas colheres de metal têm confundido os arqueólogos durante anos. Embora não tivessem relação direta com armamento ou vestimenta, a sua frequente aparição junto a cintos e armas levantou questões sobre o seu propósito.
Pesquisas recentes revelaram que essas colheres eram ferramentas para medir e consumir doses de substâncias psicoativas. Os guerreiros germânicos, aliados ou inimigos de Roma usavam plantas como papoila, canábis ou beladona antes das batalhas, procurando mitigar o medo e aumentar a sua resistência.
Esta descoberta mostra que o uso de substâncias em contextos bélicos não é exclusivo de tempos modernos, mas sim uma prática milenar que oferecia uma vantagem psicológica e física no combate.
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A lista de Schindler e a menina do casaco vermelho

 Filme: A lista de Schindler e a menina do casaco vermelho

A menina do casaquinho vermelho é um dos símbolos do filme “A Lista de Schindler”, de Steven Spielberg (1993), que narra a história de Oskar Schindler, um empresário alemão que salvou a vida de mais de mil judeus, durante o Holocausto, ao empregá-los em sua fábrica.
O filme é considerado, pela crítica especializada, como um dos melhores já feitos. Nele, uma das escolhas estéticas que mais chamaram a atenção foi o fato de ser quase todo a preto e branco. Segundo o diretor, isso traria uma atmosfera de documentário e seria a melhor representação para a época. Para ele, a cor é o símbolo da vida. Logo, um filme sobre o Holocausto tinha que ser a preto e branco.
Apesar disso, o vermelho é usado para distinguir uma menina com um casaco. Numa cena posterior, ela é vista entre os mortos, reconhecida apenas pelo casaco vermelho que ainda estava usando.
A personagem foi criada a partir das memórias de Zelig Burkhut, sobrevivente do Holocausto. Ele contou ao diretor do filme a história de uma menina de casaco rosa, com não mais de quatro anos, executada por um nazista com um tiro bem em frente a seus olhos. Algo que jamais conseguiria esquecer.
No filme, a menina quebra a nossa expectativa ao dar-nos um lampejo de cor e esperança e ao fazer-nos crer que irá sobreviver. É justamente essa quebra de expectativa que faz Schindler mudar, tomar uma atitude. Quando ele vê a menina sendo mais uma na pilha de corpos do carrinho para serem incinerados, a sua expressão muda completamente. Minutos antes, ele viu as cinzas e a fuligem dos corpos em chamas acumulando-se no seu carro, mas isso apenas lhe causava um simples incómodo.
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Marcela e Elisa

 Casamento do mesmo sex# realizado em 1901

Imagine-se na Espanha de 1901. As ruas de Corunha eram movimentadas, os vestidos longos arrastavam pelo chão de pedra e, no meio de uma sociedade rígida, duas mulheres estavam prestes a desafiar todas as regras.
Marcela e Elisa não eram apenas professoras, mas amantes determinadas a oficializar sua união em um mundo que lhes negava isso. Foi então que Elisa, em um golpe de pura audácia e criatividade, reinventou-se: surgiu Mario Sánchez, um homem aos olhos da sociedade e das autoridades.
O plano era digno de um romance de mistério. Elisa/Mario usou roupas masculinas, cortou os cabelos e foi batizada novamente, enganando a igreja e o Estado. O casamento aconteceu como qualquer outro, com direito a celebração e a assinatura na certidão. Mas o segredo não duraria para sempre…
A imprensa descobriu, e o escândalo explodiu como um trovão por toda a Espanha. O casal foi perseguido, ridicularizado e teve que fugir para sobreviver. Rumaram para Portugal e, mais tarde, para Argentina, onde sua história se perdeu no tempo.
O mais incrível? Apesar de todo o caos, o casamento nunca foi anulado oficialmente. E Marcela e Elisa tornaram-se num símbolo de coragem e amor, desafiando um mundo que ainda não estava pronto para elas.
Quase parece um roteiro de filme, não acha?
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