Mostrar mensagens com a etiqueta Educação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Educação. Mostrar todas as mensagens

sábado, 9 de maio de 2020

Aulas Presenciais no Continente a partir de 18 de maio - 11º e 12º anos

Segundo um artigo publicado na edição de ontem do Jornal O Público, as aulas presenciais terão este formato a partir de 18 de maio. Aguarda-se as decisões da Secretaria Regional da Educação para a Madeira.


2 disciplinas da Formação Geral e 2 disciplinas da Formação Específica.


Disciplinas triénais que não terão aulas presenciais no 11º ano (Português, Matemática A, Desenho A e História A).


No 11º ano os alunos terão 2 disciplinas da Formação Geral e 2 da Formação Específica, qualquer que seja o seu curso.


No 12º ano os alunos apenas assistem às aulas das disciplinas que têm exame nacional.

As outras disciplinas, as não contempladas no pacote, terão apoio à distância E@D.


Que avaliação para os nossos alunos?

Ensino e avaliação - 08-05-2020 - Ivo Eduardo Correia
Logo pela manhã deparei-me na caixa de correio com um email da Presidente da minha escola exortando-nos a partilhar um texto escrito por alguém, numa altura em que muitos de nós estamos com dúvidas sobre a avaliação final dos alunos no 3º período. Esta avaliação terá  caracteristicas únicas, já que esta será , pela primeira vez, uma avaliação não-presencial. Nesse texto, o autor sugere que se valorize uma avaliação mais formadora.
Mas afinal o que é isso de avaliação formadora?  
A avaliação é um dos aspetos mais complexos na vida de um professor, atente-se ao quadro acima idealizado por mim. Avaliar, claro que não é simplesmente classificar, ordenar, hierarquizar, premiar ou sancionar. É muito mais complicado, e contempla vários fatores intrínsecos e extrínsecos à própria sala de aula, palco principal de todo o processo.
Os conhecimentos que o aluno adquire ou já adquiriu são uma parte ínfima do todo que é a sua Pessoa. Por outro lado, as atitudes e os valores são parte integrante do seu Eu, também. E, é nessa "bagagem" que cada um deles "carrega" ao longo da sua vida que temos de focar a nossa atenção. É nossa missão promover e desenvolvê-la. Como educadores, somos, por vezes, "faróis" para muitos daqueles que procuram o seu "porto de abrigo",pois estão perdidos.
Os adolescentes enfrentam momentos de incerteza, iniquidade e turbulência com o aproximar dos exames finais tal como nós já os enfrentámos. Acredito, sinceramente, que se sentirão mais confiantes, com conhecimentos valiosos e ferramentas adequadas que lhes possamos proporcionar, para ultrapassarem os exames com sucesso.
Se analisarmos com atenção o quadro acima, facilmente concluimos que "nem tudo é claro como àgua". O sucesso dos alunos depende de vários fatores extrínsecos muito importantes como: o meio familiar, as condições físicas / emocionais e os meios tecnológicos,  e de outros fatores  intrínsecos à escola, tais como: a ideia que têm da escola, o relacionamento com os colegas, professores e funcionários, as expetativas pessoais e familiares, e o seu desempenho, comportamento e aproveitamento escolar.
No entanto, contrariamente a tudo isto, os exames classificam, ordenam, hierarquizam e premeiam ou sancionam todos aqueles que os fazem. Cento e vinte, cento e cinquenta ou mesmo cento e oitenta minutos podem determinar o futuro de um aluno que esteve numa escola durante doze anos.
Será a avaliação assim tão formadora?














quinta-feira, 7 de maio de 2020

Que futuro para a Educação?!



E agora?
A pandemia Covid 19 tem levantado muito interrogações sobre o futuro da raça humana, em geral, e de cada um nós, profissionais dos mais variados ramos de atividade, em particular.
Como docente de uma escola secundária da região autónoma da Madeira vejo, com alguma apreensão, o futuro de todos os envolvidos na área da educação. Os mais alarmistas dirão "vem aí o caos", mas como sou ótimista, acredito que todos os envolvidos no projeto educativo encontrarão  soluções adequadas que, de uma forma ou de outra, irão ao encontro dos novos hábitos e condutas que teremos forçamente de seguir, logo que o ensino seja novamente presencial.

Receio que a maioria de nós ainda não se tenha apercebido bem das profundas alterações que irão afetar a vida diária a todos os níveis - trabalho, lazer, laços familiares e sociais, etc. Novos horários, turmas menores, horários para docentes e discentes repartidos pela manhã e pela tarde, disposição das salas, os intervalos entre as aulas, o funcionamento das cantinas e dos bares, a partilha de balneários e as aulas de Educação Física, o papel dos funcionários.Todos nós teremos de dar o nosso contributo para que "o barco navegue até bom porto".
Aos docentes têm sido colocados imensos desafios ultimamente. O futuro é incerto, ainda, mas aqui estaremos para lidar com eles.
 "A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio". Martin Luther King  
 Os docentes e os discentes têm tido à sua disposição várias opções para ultrapassar a ausência de aulas presenciais e, juntos, têm colaborado da melhor maneira para que todos alcancem os seus objetivos - ensinar e aprender. As aulas à distância - E@D, o Telensino, o uso das novas plataformas digitais de comunicação, juntos com o mesmo propósito - O conhecimento.
Reconheço que todos os envolvidos neste processo, nunca antes tendo trabalhado desta forma, têm dado o seu melhor, mesmo sem formação adequada e com muitos condicionalismos informáticos. Será a altura de todos nós, como sociedade, e sem preconceitos mesquinhos, olharmos para esta classe de homens e mulheres que tanto têm dado de si, dia e noite, para que aos seus alunos nada lhes falte. 


Uma última palavra de apreço aos colegas de profissão que, todos os dias, têm a função de transmitir, perante as câmeras de televisão, conhecimentos científicos das mais variadas áreas, não obstante a tremenda pressão a que estão sujeitos e a insegurança que sentem quando gravam as suas aulas.