Ensino e avaliação - 08-05-2020 - Ivo Eduardo Correia
Logo pela manhã deparei-me na caixa de correio com um email da Presidente da minha escola exortando-nos a partilhar um texto escrito por alguém, numa altura em que muitos de nós estamos com dúvidas sobre a avaliação final dos alunos no 3º período. Esta avaliação terá caracteristicas únicas, já que esta será , pela primeira vez, uma avaliação não-presencial. Nesse texto, o autor sugere que se valorize uma avaliação mais formadora.
Mas afinal o que é isso de avaliação formadora?
A avaliação é um dos aspetos mais complexos na vida de um professor, atente-se ao quadro acima idealizado por mim. Avaliar, claro que não é simplesmente classificar, ordenar, hierarquizar, premiar ou sancionar. É muito mais complicado, e contempla vários fatores intrínsecos e extrínsecos à própria sala de aula, palco principal de todo o processo.
Os conhecimentos que o aluno adquire ou já adquiriu são uma parte ínfima do todo que é a sua Pessoa. Por outro lado, as atitudes e os valores são parte integrante do seu Eu, também. E, é nessa "bagagem" que cada um deles "carrega" ao longo da sua vida que temos de focar a nossa atenção. É nossa missão promover e desenvolvê-la. Como educadores, somos, por vezes, "faróis" para muitos daqueles que procuram o seu "porto de abrigo",pois estão perdidos.
Os adolescentes enfrentam momentos de incerteza, iniquidade e turbulência com o aproximar dos exames finais tal como nós já os enfrentámos. Acredito, sinceramente, que se sentirão mais confiantes, com conhecimentos valiosos e ferramentas adequadas que lhes possamos proporcionar, para ultrapassarem os exames com sucesso.
Se analisarmos com atenção o quadro acima, facilmente concluimos que "nem tudo é claro como àgua". O sucesso dos alunos depende de vários fatores extrínsecos muito importantes como: o meio familiar, as condições físicas / emocionais e os meios tecnológicos, e de outros fatores intrínsecos à escola, tais como: a ideia que têm da escola, o relacionamento com os colegas, professores e funcionários, as expetativas pessoais e familiares, e o seu desempenho, comportamento e aproveitamento escolar.
No entanto, contrariamente a tudo isto, os exames classificam, ordenam, hierarquizam e premeiam ou sancionam todos aqueles que os fazem. Cento e vinte, cento e cinquenta ou mesmo cento e oitenta minutos podem determinar o futuro de um aluno que esteve numa escola durante doze anos.
Será a avaliação assim tão formadora?
No entanto, contrariamente a tudo isto, os exames classificam, ordenam, hierarquizam e premeiam ou sancionam todos aqueles que os fazem. Cento e vinte, cento e cinquenta ou mesmo cento e oitenta minutos podem determinar o futuro de um aluno que esteve numa escola durante doze anos.
Será a avaliação assim tão formadora?
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