Exposição CAMÕES 500
«Por volta de 1567, Camões decide regressar ao Reino, mas demoraria algum tempo ainda até aí chegar. Vem da Índia para a Ilha de Moçambique, graças ao apoio de Pero Barreto Rolim, mas após um desentendimento entre ambos é abandonado à sua sorte. A «Ilha pequena [...] em toda esta terra certa escala/De todos os que as ondas navegamos» ("Os Lusíadas," I, 54) era, na altura, uma escala necessária para as longas viagens marítimas que ligavam o Ocidente ao Oriente. Sobrevivendo dificilmente durante dois anos, em estado tão pobre que necessitava da generosidade dos amigos, compreende-se que não se sentisse muito deslumbrado pela paisagem natural e pela diversidade cultural. Um desses amigos, o cronista Diogo do Couto, refere que retocava por essa altura "Os Lusíadas" e que trabalhava num «livro mui douto, de muita erudição, que intitulou Parnaso de Luís de Camões, porque continha muita poesia, filosofia e outras ciências». Que destino teve esse famoso Parnaso não sabemos, porque o seu rasto se perdeu irremediavelmente, mas se um dia voltasse a aparecer teríamos talvez um Camões redivivo.»
CAMÕES 500 é uma exposição com curadoria de Paulo da Silva Pereira e Flipa Araújo, constituída por quatro núcleos temáticos, patente na Sala de São Pedro da BGUC, até 25 de julho de 2025. Integrada em @camoes500
HORÁRIO para o público em geral: segunda a sexta-feira, 14h00–17h00, exceto feriados.
PÁGINA DA EXPOSIÇÃO uc.pt/bguc/atividades/camoes-500/
MAIS INFORMAÇÕES uc.pt/500camoes
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