Durante séculos, a profissão de carvoeiro foi essencial para o dia-a-dia das populações em Portugal. O carvoeiro dedicava-se à produção de carvão vegetal, queimando lentamente madeira em fornos de terra, num processo conhecido como carbonização. Este carvão era depois vendido para cozinhar e aquecer as casas, sobretudo nas zonas rurais e nas cidades antes da chegada do gás e da electricidade.
O trabalho era árduo, sujo e exigia grande resistência física. Os carvoeiros passavam dias inteiros a vigiar os montes de madeira em combustão controlada, muitas vezes em locais isolados nas serras. Com o progresso tecnológico e a mudança nos hábitos de consumo energético, a profissão entrou em declínio a partir do século XX.
Hoje, os carvoeiros fazem parte da memória colectiva do país e são lembrados como símbolos de uma forma de vida mais simples, ligada à terra e ao esforço manual.
Sem comentários:
Enviar um comentário