sábado, 31 de maio de 2025

A rosa dos ventos

 A rosa dos ventos

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surgiu como resultado da necessidade de navegação precisa e desenvolveu-se entre os povos do Mediterrâneo. Embora as suas raízes estejam na observação antiga dos ventos, o seu formato moderno foi consolidado com os avanços da cartografia náutica na Europa medieval, especialmente a partir do século XIII.
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Origens históricas:
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Antiguidade Clássica: Civilizações como os gregos e romanos já conheciam os ventos predominantes e os associavam a pontos cardeais. Por exemplo, Aristóteles, no século IV a.C., escreveu sobre os ventos na sua obra Meteorologia.
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Mundo Árabe e Mediterrâneo Medieval: Durante a Idade Média, navegadores árabes e mediterrâneos utilizavam representações dos ventos em cartas náuticas. Nesses mapas, os ventos eram associados a direções específicas, o que levou à representação gráfica que mais tarde evoluiria para a rosa dos ventos.
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Cartografia Europeia (século XIII em diante): A rosa dos ventos como a conhecemos, com 8, 16 ou 32 pontas, começou a aparecer nos portulanos, mapas náuticos usados por marinheiros europeus, especialmente genoveses e venezianos. A primeira representação conhecida da rosa com 32 direções aparece em cartas do final do século XIII.
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Marco simbólico: O ponto norte era frequentemente representado por uma flor-de-lis, símbolo que se popularizou com os navegadores italianos e portugueses.
Uma curiosidade interessante: a palavra "bússola" vem do italiano bussola, que significa "caixinha". Isso porque as primeiras bússolas eram caixas pequenas com uma agulha magnetizada flutuando em óleo ou suspensa por um fio. Ela foi fundamental para o uso da rosa dos ventos na navegação, permitindo que os navegadores mantivessem o rumo mesmo sem referências visuais como o Sol ou as estrelas.
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Horrores ao longo da história!

 Hoje assistimos com horror práticas como a mutilação genital feminina em África, e com razão. Mas o que muitos ignoram é que, por mais de um século, médicos na Europa e América do Norte também cortaram, coseram e removeram partes do corpo feminino... com bata branca e justificação científica.

Mesmo em pleno século XX, ginecologistas em Inglaterra, Alemanha e nos EUA realizaram clitoridectomias, ooforectomias e histerectomias como tratamentos para “dolências femininas” tão amplas quanto ansiedade, epilepsia, tristeza... ou até mesmo masturbação.
Sim, a masturbação feminina era considerada uma patologia.
Na era vitoriana, surgiu o conceito de histeria feminina, um diagnóstico vago que abrangia desde a insónia até a “tendência para causar problemas”. Muitas vezes, bastava que uma mulher não se encaixasse no ideal social: caseira, submissa, silenciosa.
Uma mulher curiosa, rebelde ou simplesmente cansada... podia ser presa.
E uma vez lá dentro, não tinha defesa.
Acreditava-se que a histeria fosse causada por um "útero errante". A solução: removê-lo. Ou remover os ovários. Ou o clitóris.
O doutor Isaac Baker Brown, uma figura respeitada na medicina inglesa do século XIX, promoveu a clitoridectomia como cura milagrosa. Ele não foi expulso por mutilar genitais. Foi por não informar os maridos sobre as mulheres que operava.
E enquanto se continuava a conhecer a função do clitóris — sim, sabia-se que era importante para a concepção —, as intervenções continuaram.
Nos EUA, até 1905, os lábios das meninas eram cosidos para evitar que elas se tocassem.
Até 1937, a remoção do clitóris era prática clínica para “curar” a cleptomania ou a melancolia.
Em 1938, um médico alemão publicou um caso de infibulação — a forma mais extrema de mutilação genital — realizada numa paciente com instrumentos esterilizados, sim... mas com as mesmas consequências devastadoras.
O mais cruel de tudo é que não foram práticas isoladas.
Eles foram legitimados. Aplaudidas. Ensinadas.
E os seus ecos ainda estão vivos. Em cirurgias plásticas genitais. Na rejeição dos próprios corpos. Naquela ideia não dita de que “há algo errado”.
Porque quando uma cultura castiga o prazer, mutila mais do que carne.
Mutila o direito de habitar.

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Será que há um tempo para tudo?

 

Os tempos roubados

Levo a mal o tempo que me roubaram quando eu era criança. Fazem isto a todas as crianças: roubam-lhes o tempo que é o tempo delas, e ninguém pestaneja, como pestanejam quando é dinheiro que se rouba. Quando eu queria um canivete para cortar canas, para fazer arcos e flechas, para resistir à invasão do meu quintal, a minha mãe, Diana, prometia-me o canivete que eu quisesse quando eu chegasse à idade para ter canivetes, que era aos 38 anos.

Aos 38 anos, lá comprei todos os canivetes suíços que havia, mas quando entrei no canavial, já me tinha esquecido do que é que eu ia lá fazer. O tempo para as coisas que queremos é quando nos apetece. Que vou eu fazer hoje com todos os desejos infantis que me frustraram?

Falei muito com os meus pais sobre esta campanha concertada de mentiras e falsas promessas que conduziram comigo e com os meus irmãos, mas eles riam-se, satisfeitos por me terem conseguido enganar, dizendo que não tinha sido fácil, como dizem sempre todos os ladrões.

Diziam que esses prazeres foram substituídos por outros mais tardios – como se as cerejas que me apeteciam quando cheguei da praia fossem anuladas pela barrigada de queijo que comi no pequeno-almoço do dia seguinte.

Os apetecimentos, tal como a fome, aparecem no tempo certo para serem satisfeitos. Podemos ser perversos e gulosos, e esperar mais um pouco, na esperança de ficar com mais fome e mais prazer por a matar, mas esse prazo é curto e facilmente se transforma em dor de cabeça.

Como é que as crianças hão-de crescer direitas se estão sempre a ser enganadas? Como hão-de tornar-se honestas se passam a vida a levar com mentiras, sobretudo quando vêem que essas mentiras são bem-sucedidas?

Como é que se vingam todos aqueles tempos roubados, todas aquelas vontades que ficaram por satisfazer, todas aquelas promessas que ninguém tinha a intenção de cumprir? “Há um tempo para tudo”: eis a maior mentira de todas. Na verdade, os tempos para as coisas são muito curtos.


A infância!

 O tempo da infância é um tempo maravilhoso e decisivo. Não só é na infância que se constroem os sonhos, mas também as memórias. Por isso, mais importante do que os brinquedos, são as pessoas que os oferecem. Um dia, os brinquedos já não estarão, um dia, será perdido o rasto do chorão careca e não saberemos qual o caminho que a bola levou que nos fez saltar muros e chamar os amigos para jogar. O tempo é a mais preciosa oferta. Por isso, mais importante do que a bicicleta, é o passeio em conjunto. Mais importante do que o livro, é lê-lo juntos. Mais importante do que a fita do cabelo, é fazer a trança. Mais importante do que o filme, de que esquecermos o título, é a aventura de cada dia. Aquilo que é hoje um dia será memória. Tão triste como uma vida sem futuro, é uma vida sem recordações. Quer para uma como para outra, o que interessa é o presente. Vivido intensamente.

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A Costa dos Esqueletos

 A Costa dos Esqueletos, localizada no noroeste da Namíbia, é uma das regiões mais inóspitas e intrigantes do planeta. Estendendo-se por aproximadamente 500 km ao longo do Oceano Atlântico, essa faixa costeira é famosa por seus inúmeros naufrágios e pela presença de ossadas de animais marinhos, como baleias e focas, espalhadas pelas praias arenosas.

O nome "Costa dos Esqueletos" deriva das condições adversas que tornaram a navegação na área extremamente perigosa. A combinação de nevoeiros densos, causados pela fria corrente de Benguela, e os fortes ventos do deserto resultou em inúmeros acidentes marítimos ao longo dos séculos. Navios como o Eduard Bohlen, encalhado em 1909, e o Dunedin Star, em 1942, são exemplos notórios desses naufrágios.
Além dos destroços de embarcações, a região abriga uma rica biodiversidade adaptada às condições áridas. Colónias de focas-do-cabo são comuns, atraindo predadores como leões-marinhos e tubarões. A vegetação é escassa, composta principalmente por líquenes e arbustos resistentes à salinidade.
A Costa dos Esqueletos também possui importância histórica, tendo sido cenário de atividades de pesca e caça de baleias desde o século XIX. A região testemunhou a ascensão e queda de colónias, como Lüderitz, estabelecida durante o período colonial alemão.
Hoje, a área é protegida pelo Parque Nacional da Costa dos Esqueletos, estabelecido em 1971, que visa preservar esse ecossistema único e sua história marcante.
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O mais profundo da Terra!

Lake Baikal is the deepest lake on Earth, dropping 1,642 meters (5,387 feet) and holding more freshwater than all of North America's Great Lakes combined. It contains over 23,000 cubic kilometers (5,670 cubic miles) of water—about 20% of the world’s unfrozen freshwater. Located in Siberia, this ancient lake has been shaped by tectonic forces for over 25 million years, leading to its remarkable depth and unique biodiversity. Not only is it deep, but it’s still expanding. That’…
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