domingo, 11 de maio de 2025

Mary Anning

 Em 1811, Mary Anning, de 12 anos, e seu irmão Joseph fizeram uma descoberta revolucionária em Lyme Regis, na Inglaterra. Joseph encontrou um crânio de 1,2 metro, e Mary, com esforço incansável, desenterrou o restante de um esqueleto de 5 metros de um Ictiossauro, um réptil marinho de 200 milhões de anos.

Inicialmente confundido com um crocodilo, foi o primeiro Ictiossauro completo reconhecido pelos cientistas de Londres, gerando debates sobre a extinção. Essa descoberta, vendida por £23, ajudou sua família pobre, mas atraiu multidões para ver o “lagarto-peixe” no Museu Britânico.
Mary, nascida em 1799, filha de um marceneiro, aprendeu a caçar fósseis na Costa Jurássica de Dorset. Após a morte de seu pai em 1810, ela sustentou a sua família vendendo fósseis, apesar de não ter educação formal. Ela foi autodidata em geologia e em anatomia, encontrando, mais tarde, o primeiro Plesiossauro completo em 1823 e o primeiro pterossauro da Grã-Bretanha em 1828.
As suas descobertas desafiavam as crenças sobre a história da Terra, mas, como mulher da classe trabalhadora, ela frequentemente não recebia crédito, os cientistas homens é que reivindicavam as suas descobertas. Ela enfrentou perigos, quase morrendo num deslizamento de terras em 1833, que matou seu cachorro, Tray.
Apesar do seu génio, Mary foi excluída da Sociedade Geológica de Londres, que não admitia mulheres até 1904. Cientistas como Georges Cuvier inicialmente duvidaram de seu Plesiossauro, chamando-o de falso, mas depois elogiaram seu trabalho.
Ela conquistou o respeito de alguns, como William Buckland, mas viveu na pobreza, vendendo fósseis para sobreviver. Em 1847, ela morreu de cancro de mama aos 47 anos. As suas contribuições, outrora negligenciadas, agora são celebradas, com os seus fósseis exibidos no Museu de História Natural e a Costa Jurássica sendo nomeada Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
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