Camden Town, Londres. Duas semanas antes de sua morte, Amy Winehouse foi vista pela última vez caminhando sozinha pelas ruas que tanto amava. Usava um casaco muito grande e uma guitarra pendurada no ombro... como uma promessa esquecida.
Era de noite. Amy desceu sozinha para a plataforma vazia de Mornington Crescent. Não havia imprensa. Não havia fãs. Apenas um vigilante que a observou de longe.
Então, ele tocou uma música.
Era uma melodia suave, com ar de bolero e nostalgia de jazz.
A letra falava sobre voltar para casa.
De desaparecer.
De ser esquecida... docemente.
Ninguém a reconheceu.
Ninguém gravou.
Só uma idosa pensou baixo:
“Essa garota canta com a alma partida”.
Dias depois, Amy Winehouse foi encontrada sem vida em sua casa.
Tinha 27 anos.
E aquela canção... nunca apareceu em nenhum disco.
Não foi registrada em nenhum arquivo.
Talvez tenha sido a despedida dele.
Uma que não procurava ovação, mas silêncio.
Uma música para ir embora... onde ninguém a pudesse impedir.
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