Sonho de uma Noite de Verão: Quando o Amor Vira Brincadeira dos Deuses.


Shakespeare transformou o amor numa dança cómica e mágica nesta obra que continua encantando gerações. Na floresta encantada, onde fadas travessas comandam os destinos dos corações, vemos o amor em seu estado mais puro e caótico.


A genialidade da peça está em mostrar como o amor pode ser completamente irracional e, mesmo assim, profundamente verdadeiro. Quando Puck aplica o filtro mágico nos olhos dos jovens amantes, Shakespeare diverte-nos com uma metáfora brilhante: será que não estamos todos sob algum tipo de encantamento quando nos apaixonamos?


Hermia ama Lysander, mas o seu pai força-a a se casar com Demetrius. Helena suspira por Demetrius, que a despreza. Numa única noite na floresta, essas paixões embaralham-se, invertem-se, criam confusões hilariantes e, no final, encontram o seu lugar natural.

É como se Shakespeare dissesse que o amor verdadeiro sempre encontra o seu caminho, mesmo através do caos.
O enredo secundário de Titânia apaixonada por Bottom (transformado em asno) é pura genialidade cómica, mas também uma reflexão profunda: o amor nos faz ver a beleza onde outros veem apenas o grotesco.


Durante este mês dos namorados, a peça lembra-nos que o amor tem a sua própria lógica mágica, que desafia a razão e as convenções sociais.
Uma celebração eterna de que o amor, em toda sua loucura, torna a vida verdadeiramente mágica.
Sem comentários:
Enviar um comentário