segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Palavra do Ano - Tempo

 


Pedi ao CHATGPT que me definisse TEMPO em termos humanos para que pudesse iniciar a minha análise sobre a palavra que eu considero a do ano. 

Tempo, em termos humanos, pode ser entendido como a perceção e o processo pelo qual experimentamos e organizamos os eventos e as mudanças no mundo ao nosso redor. Ao nível quotidiano, é a sequência de momentos que vivemos — divididos em passado, presente e futuro. A maneira como o tempo é vivido e interpretado pode variar de acordo com a cultura, a experiência individual e o contexto, mas em essência, ele marca o ritmo da nossa existência.

Em termos biológicos, o tempo é algo que está intrinsecamente ligado aos nossos ciclos naturais, como o batimento cardíaco, a respiração, e os ritmos circadianos (como o ciclo de sono e vigília). Psicologicamente, a nossa perceção do tempo pode ser subjetiva — ele pode parecer passar mais rápido ou mais devagar dependendo da nossa atenção, idade ou estado emocional.

Culturalmente, o tempo é organizado em unidades como segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos, e é uma ferramenta essencial para agendar atividades, planear o futuro, refletir sobre o passado e, assim, dar sentido às nossas vidas.

Uma definição mais assertiva seria difícil de obter, tenho de concordar. Em geral, hão de ter a consciência que a nossa perceção do tempo não é só subjetiva a nível individual, mas a um nível mais abrangente, coletivo. A perceção que o nosso aniversário, o Natal, o fim-do-ano anterior foi ontem, e não há um ano atrás é, deveras, preocupante.

Antigamente todos nós, em geral, achávamos que para chegar ao Natal faltava uma eternidade de dias, e então as crianças, nem se fala, para receberem os presentes era a duplicar essa eternidade. Hoje em dia, adultos e, especialmente, crianças queixam-se da falta de tempo. Tudo passa depressa de mais!

A sequência de momentos que vivemos baseia-se em passado e futuro. Criamos expetativas sobre acontecimentos que ainda não aconteceram, e, quando nos damos conta, já falamos deles como passado. E o presente? 

A mensagem de uma marca conhecida do mercado para este Natal é: O melhor presente é estar presente! Vivemos a planear as nossas ações, que esquecemos de as viver, não ouvimos os nossos familiares próximos, os amigos chegados, cada vez menos estamos presentes na vida daqueles que nos são mais queridos. Não usufruímos do momento, da presença dos outros. Arranjamos uma desculpa e culpamos o tempo, como se ele fosse o culpado de todos os nossos males - a falta de comunicação, a falta de intimidade, a falta de empatia e de partilha com os outros.

Pare, olhe, escute, como numa passagem de nível sem guarda. Arranje tempo para si, e para os outros, ou acabaremos todos, cada um para o seu lado, como lobos solitários.









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