Novo tablet para o povo (e Netflix)
O Redmi Pad 2 custa uma fracção do dos topos de gama, mas surpreende positivamente pela bateria de grande capacidade e pelo ecrã generoso
- Público - Edição Lisboa
- Sérgio Magno
Vamos ser honestos: quem nunca desejou um bom ecrã para ver séries na cama ou para manter os miúdos entretidos numa viagem longa? Mas, quando olhamos para os preços dos tablets mais cobiçados, o sonho desvanece-se rapidamente. É precisamente nesta frustração que a Redmi, a marca mais “pão-pão, queijo-queijo” da gigante Xiaomi, foi construindo o seu reino. O novo Redmi Pad 2 é a mais recente promessa: um tablet para as massas, com cheirinho a luxo, mas a preço de saldo.
Naturalmente, o preço obrigou a fazer concessões. Mas que não são evidentes. Até porque a qualidade dos materiais usados é convincente. Esqueça o plástico barato que se espera nesta gama de preços. O chassis é em alumínio, do tipo unibody (uma só peça), com um toque frio e um acabamento fosco que não se enche de dedadas. Não é, propriamente, leve, mas 516 gramas são aceitáveis num tablet com ecrã de 11 polegadas. A moldura em redor do ecrã, com cerca de 1cm, está longe de ser das mais finas, mas permite segurar o tablet sem dar toques acidentais na interface do ecrã. O que não será acidental são as semelhanças de design com o iPad mais acessível… que custa mais do dobro.
Mas um tablet não se compra para o sentir, compra-se para se usar. E aqui a experiência é um verdadeiro cinema de colo. O ecrã, de alta-definição, apresenta imagens nítidas e cheias de cor. Ver um filme ou uma série neste aparelho é um prazer, especialmente porque o som não foi esquecido. Com quatro altifalantes, o áudio envolve-nos de uma forma que reforça a experiência.
Junte a isto uma bateria generosa de 9000mAh, que parece não ter fim — aguenta várias horas de vídeo —, e temos o companheiro ideal para maratonas de fim-de-semana. Claro que não é perfeito. Se formos picuinhas, notamos que a luz do ecrã não é uniforme nas margens e que, se olharmos de lado, as cores perdem alguma da sua magia. Mas, para o comum dos mortais, que apenas quer relaxar no sofá, são detalhes que passam ao lado.
No que diz respeito à produtividade, o Redmi Pad 2 não se nega ao trabalho. É mais do que capaz para as tarefas do dia-a-dia: navegar na Internet, gerir emails, escrever textos ou participar em reuniões online. Neste aspecto, o suporte para caneta digital, um acessório opcional, é bem-vindo para quem gosta de tirar notas à mão ou de fazer desenhos.
Existem duas versões à escolha: uma com 4GB de memória RAM e 128GB de armazenamento (199,99 euros), e outra, a que testámos, com 8GB de RAM e 256GB de armazenamento interno (249,99 euros). Esta última permite alternar entre aplicações com mais rapidez e dá alguma margem para manter ficheiros e apps sem preocupações.
Contudo, é importante gerir as expectativas. Este não é um aparelho para substituir um computador portátil. Não espere editar vídeos rapidamente, por exemplo, ou jogar títulos graficamente “pesados”, porque o processador não tem capacidade para isso. Também não ficámos impressionados pela câmara frontal, para videochamadas. Podemos definir o Redmi Pad 2 como um tablet honesto.
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