sábado, 7 de junho de 2025

O amor que atravessa o tempo em García Márquez

 Junho, mês dos namorados: O amor que atravessa o tempo em García Márquez

"O Amor nos Tempos do Cólera" de Gabriel García Márquez apresenta-nos uma das mais extraordinárias reflexões sobre a persistência do amor. Um romance sobre um amor que perdura por décadas, apesar de grandes dificuldades e obstáculos, a obra ensina-nos que o verdadeiro amor não conhece limites de tempo nem se rende às adversidades da vida.
Florentino Ariza espera por Fermina Daza durante 51 anos, 9 meses e 4 dias, transformando a sua paixão numa força quase sobrenatural que desafia convenções sociais, envelhecimento e até mesmo a morte. García Márquez, com o seu realismo mágico característico, mostra-nos que o amor pode ser tanto uma doença quanto uma cura, tanto uma obsessão quanto uma redenção.
Neste Dia dos Namorados, a história de Florentino lembra-nos que amar verdadeiramente é apostar na eternidade, mesmo quando tudo parece impossível. O amor genuíno não é apenas sentimento - é decisão, persistência e fé inabalável no poder transformador dos afetos humanos.
A genialidade de Márquez está em mostrar que o amor não diminui com o tempo, mas amadurece como um bom vinho, ganhando complexidade e profundidade que só os anos podem oferecer.
Curiosidade: García Márquez baseou a história no romance real de seus próprios pais, que também enfrentaram décadas de separação antes de ficarem juntos. O autor levou 17 anos para escrever o livro, pois queria ter idade suficiente para compreender o amor maduro. A famosa frase "A única coisa que dói no amor é amar quando não se é correspondido, mas isso é uma miséria que vale a pena viver" reflete a filosofia de vida do próprio Márquez. Curiosamente, o escritor colombiano considerava este seu livro mais importante, ainda mais que "Cem Anos de Solidão", pois era sua declaração definitiva sobre o amor.




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