sábado, 21 de junho de 2025

“Um escritor sem gato é como um cego sem um cão de guarda”

 “Um escritor sem gato é como um cego sem um cão de guarda”

O caráter solitário e individualista dos felinos faz com que os escritores se sintam identificados com eles. Podíamos definir a relação entre os dois como uma aliança entre seres completamente livres.
Borges confessava-se anarquista, independente e solitário, sem horários que pudessem condicionar sua criatividade. "Faz o que quer, como eu", disse o escritor sobre seu fiel gato Beppo.
Gatos são politicamente incorretos, seres de ninguém, amantes da noite, boémios e independentes... A mistura perfeita para muitos dos escritores que marcaram um antes e um depois no mundo da literatura. Alguns deles conseguiram criar laços imperceptíveis com outros mortais, simplificando a sua magia num só.
Charles Bukowski escreveu sobre gatos: "Eles andam com uma dignidade surpreendente, conseguem dormir 20 horas por dia sem dúvida e sem arrependimentos, essas criaturas são professores". Alexandre Dumas teve dois gatos, Mysouff I e Mysouff II, sendo este último o favorito do escritor, apesar de ter comido uma vez todos os pássaros exóticos de Dumas.
Charles Dickens teve uma gata chamada William que rebaptizou com o nome de Williamina, devido ao parto que meses mais tarde teria o felino no estúdio de Dickens. Edgar Allan Poe tinha uma gata chamada Catarina, frequentemente deitava-se sobre o ombro dele enquanto ele escrevia. A gata inspirou-o na peça The Black Cat.
O carinho de Ernest Hemingway pelos felinos é tão conhecido que a jornalista americana Carlene Fredericka Brennen decidiu escrever o livro Os Gatos de Hemingway, no qual relata sua relação com esses animais.
Julio Cortázar chamou seu gato T.W. Adorno, pelo filósofo e sociólogo alemão. O escritor menciona gatos em várias de suas obras, incluindo Rayuela e O Último Round. O gato de Hermann Hesse era muito inquieto, o escritor passava seus momentos livres correndo atrás dele em sua casa. Dizem que o gato de Jean-Paul Sartre, um animal branco fofinho, e que se chamava Nada, um nome que se encaixava perfeitamente no existencialismo do seu dono.
Patricia Highsmith vivia feliz com os seus gatos; com eles conseguia ter uma proximidade que não suportava ter a longo prazo com as pessoas. Ela precisava dos gatos como equilíbrio psicológico.
Esses felinos foram inspiração, solidão e companhia em suas vidas. Amigos fiéis na escuridão; almas livres que unidas criaram magia.
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